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Marinésio ia para festa de família quando foi preso na Blazer prata

Carro do assassino confesso de duas mulheres tinha marcas de mãos no vidro. Peritos investigam se são de possíveis vítimas

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Carro-de-Marinesio
1 de 1 Carro-de-Marinesio - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Assassino confesso de duas mulheres e suspeito de atacar pelo menos 14 vítimas, Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, estava calmo quando foi preso por policiais da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) no domingo (25/09/2019). Ele seguia para uma festa de família e foi abordado na DF-130, próximo ao Vale do Amanhecer, onde morava com a companheira e a filha, de 16.

Sorriu e fez brincadeiras. Mas, ao ser confrontado com perguntas a respeito de sua rotina, que não batiam com o depoimento inicial, começou a mudar a postura. Passou a olhar para o chão e a não responder mais a elas. Flagrado em imagens de circuito de câmeras de segurança pegando Letícia Curado, 26, na parada de ônibus na manhã de sexta-feira (23/08/2019), disse que antes havia ido deixar a filha na escola. Depois, se enrolou e acabou confessando, já na delegacia, ter assassinado a advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC).

Marinésio foi abordado numa Blazer prata, a mesma usada nos crimes. Dentro, além dos objetos de Letícia, havia uma máquina de algodão-doce e uma cama elástica, que seriam levadas para a festa. O carro passou por perícia e pode ser a resposta de crimes atribuídos ao maníaco. Há marcas de mãos no vidro interno do veículo. Profissionais do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal usaram fluidos para identificar materiais genéticos das supostas vítimas do cozinheiro.

Nesta quinta-feira (29/08/2019), a mulher e a filha de Marinésio se mudaram da casa humilde onde a família vivia no Vale do Amanhecer, em Planaltina. A Polícia Militar confirmou que fez a escolta e seguiria com ambas até um local seguro. Elas disseram que estão sendo ameaçadas de morte. Mas garantem não ter conhecimento nenhum da vida de crimes do cozinheiro.

Suposta vítima

No início da noite dessa quarta (28/08/2019), uma mulher compareceu à 31ª DP (Planaltina) afirmando ter sido mais uma vítima de assédio de Marinésio dos Santos Olinto. Ela, que prefere não ser identificada, conta o que passou na manhã do dia 14 de fevereiro deste ano, enquanto esperava em uma parada de ônibus que fica em frente a uma feira da região.

Ela relata que aguardava o ônibus da linha 641 para o Arapoanga, entre as 8h50 e as 9h20, quando o condutor de um VW Gol de cor vermelha parou na sua frente, oferecendo carona. De acordo com ela, Marinésio, com um carro diferente na ocasião, fazia transporte pirata (lotação). O motorista ofereceu carona para o Vale do Amanhecer. Porém, quando a vítima informou que ia para o Arapoanga, ele prontamente disse que a levaria ao seu destino.

A mulher entrou no veículo e o homem pegou o caminho do Arapoanga. No entanto, em certo ponto do percurso, ele desviou, saindo da rota original. Nesse momento, a passageira percebeu a conduta suspeita e entrou em desespero, reagindo e mandando o homem parar o carro. Caso contrário, ela se defenderia danificando o automóvel e atacando o condutor até feri-lo.

Diante da ameaça, o suspeito parou o veículo na rua do mercado Esteves, porém ainda com as portas travadas. De acordo com a vítima, Marinésio teria pedido um beijo, mas ela recusou. Nesse momento, o agressor a deixou sair e disse que “nunca tinha visto uma mulher tão brava, por isso ela tinha escapado da morte naquele dia”.

A vítima da ameaça conta que se encorajou a fazer a denúncia após reconhecer o motorista como Marinésio dos Santos Olinto, em uma reportagem televisiva que contava a história de Letícia.

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