O Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito Federal vive uma semana decisiva para a candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF). Geraldo Magela, um dos pretendentes ao Palácio do Buriti, decidiu propor uma saída para o entendimento comum. Segundo ele, o ideal seria lançar a si próprio como cabeça de chapa.
A sugestão foi compartilhada em diversos grupos de esquerda nesta quinta-feira (5/5). Magela explica que a reunião com o diretório nacional da legenda deixou claro que, se não houvesse união, a chance de Leandro Grass (PV) ser o escolhido da federação partidária, que também conta com o PCdoB, era muito grande.
O petista diz que pensou em uma maneira de conseguir a concordância de todos os envolvidos. “Como venho defendendo a candidatura do PT desde o ano passado, tenho a obrigação de buscar, de tentar um acordo, para que nós tenhamos unidade”.
Dessa forma, ele afirma que sugeriu uma composição com o próprio nome para governador, Rosilene Corrêa, também do PT, para vice e o deputado distrital Leandro Grass para o Senado.
Magela diz que confia na ideia, mas que seguirá as orientações do partido caso sejam contrárias. “Vou seguir, respeitar e apoiar, mas vou dialogar e defender que a candidatura aqui seja do PT”.
A reportagem entrou em contato com Leandro Grass (PV), que discordou da proposta. “É legítimo que cada partido tenha seus pré-candidatos”, disse. O distrital, porém, analisa que “estamos muito atrasados na definição de nossas candidaturas ao governo e ao Senado”.
A proposta de Grass é de ser o candidato ao governo, “que o PT escolha indique candidato a vice ou ao Senado e tentemos atrair outros partidos, como o PSB, o PSol, a Rede e o Solidariedade, para constituir uma ampla frente contra Ibaneis e Bolsonaro, para que Lula seja vitorioso no DF, e conquistemos o governo e a cadeira no Senado, além de eleger deputados federais e distritais”.
Jacy Afonso, presidente do PT-DF, também discorda da proposta apresentada. “Não atende a solução do consenso, pois ele é minoria no partido. Quem tem preferência é a maioria”, afirma.
Para Afonso, a sigla ficaria longe de um consenso ao reivindicar duas vagas tão importante. “O PT quer discutir com o PCdoB, Rede e Psol ainda. É um equivoco o partido querer ir atrás de duas posições. Queremos uma e que seja a do governo. Se a unidade é pelo presidente Lula, os dois nomes afastam essa unidade”.
O discurso de Rosilene é parecido. “Não é bom para a política ter dois nomes do mesmo partido. Poderia inclusive prejudicar o apoio à candidatura do Lula, que é prioridade máxima. É simples, é respeitar a democracia e deixar o Encontro escolher . Aí procuraremos a unidade seja qual for o nome”, defende.
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