Líder do Comando Vermelho está na Penitenciária Federal de Brasília
Polícia Federal prendeu em Mato Grosso do Sul um dos narcotraficantes mais procurados do Paraguai e o transferiu para a capital da República
atualizado
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O narcotraficante Jorge Teófilo Samudio, 49 anos, conhecido como Samura, foi transferido da Superintendência Regional do Distrito Federal (SRDF) da Polícia Federal para a Penitenciária Federal de Brasília. A mudança ocorreu no sábado (3/4). O criminoso, apontado como uma das lideranças da facção criminosa carioca Comando Vermelho, ficará na capital do país até ser encaminhado a outro presídio. A decisão fica a critério do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Samura está preso desde a última segunda-feira (29/3). A PF o localizou no município de Sinop, em Mato Grosso do Sul. Segundo a corporação e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), responsáveis pela prisão do criminoso, Jorge Teófilo é uma das principais lideranças do tráfico internacional de drogas no Paraguai. O preso também tem envolvimento em lavagem de dinheiro.

Samura foi transferido para Penitenciária Federal de Brasília

Jorge Teófilo Samudio foi preso em Mato Grosso do Sul

Jorge Teófilo Samudio Reprodução
Peça-chave
De acordo com os investigadores, o traficante é considerado peça-chave do Comando Vermelho por liderar a estrutura que envia cocaína boliviana por meio do Paraguai para o Brasil e a Europa. O criminoso lucrava cerca de US$ 20 milhões por mês.
Além de atuar no transporte da droga, Samura fornecia armas de grosso calibre à facção. Pequenas aeronaves carregadas com entorpecentes e armas eram usadas em propriedades rurais, no Paraguai, para pouso e decolagem.
Jorge Teófilo era procurado pela Justiça desde 2011. Em outubro de 2018, foi capturado. Entretanto, em setembro de 2019, chegou a ser resgatado de um presídio paraguaio após ação violenta dos comparsas. Os suspeitos usaram armas de fogo de grosso calibre. Um oficial da polícia morreu durante a investida.
O Senad detalhou que o narcotraficante tinha grande poder aquisitivo e liderança de “mão de ferro”, que incluía execuções no campo do tráfico de drogas. “É por isso que foi capaz de sustentar uma grande infraestrutura, logística e manter um grande número de criminosos sob o seu comando”, explicou a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.