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Justiça mantém presa mãe que matou e jogou o próprio bebê no lixo

Após a audiência de custódia, a acusada foi encaminhada ao presídio feminino, onde aguardará pelo julgamento

atualizado

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Picsea/Unsplash
pés de bebê
1 de 1 pés de bebê - Foto: Picsea/Unsplash

A Justiça do Distrito Federal converteu, nesta sexta-feira (15/10), a prisão em flagrante da mãe, de 41 anos, que matou o próprio bebê para prisão preventiva. O crime aconteceu na última segunda-feira (11/10), na Vila Telebrasília. Após a audiência de custódia, a acusada foi encaminhada ao presídio feminino, no Gama, onde aguardará pelo julgamento.

Mais cedo, o Conselho Tutelar providenciou o enterro do bebê. O local do sepultamento não foi divulgado. A mãe, que não teve a identidade revelada pela Polícia Civil do DF, sofreu uma hemorragia após o parto e chegou a ficar em observação no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com escolta policial, mas recebeu alta nesta sexta.

O delegado adjunto da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Maurício Iacozzilli, alterou a natureza do indiciamento da diarista. O caso deixa de ser tratado como infanticídio e a autora responderá por homicídio qualificado. ” A mudança ocorre porque fica claro que ela queria se livrar do bebê desde o início, ou seja, já tinha isso na cabeça. Ela não atuou em virtude do estado de puerpério”, explicou. A PCDF ainda irá marcar o exame psiquiátrico que será feito no Instituto Médico Legal (IML).

Na terça-feira (12/10), investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que apuram o caso, ficaram estarrecidos com a frieza com que a mulher detalhou o crime. Com o quadro clínico estabilizado, ela foi ouvida pelos policiais ainda no leito ocupado por ela.

A diarista, moradora da Vila Telebrasília, confessou não saber dizer quem é o pai da criança. Ela disse, ainda, que não tinha intenção de criar o filho e escondeu a gravidez de todos os familiares e amigos. “Ela alegou que o menino nasceu com vida e o asfixiou com as próprias mãos, logo após dar a luz no banheiro”, disse Iacozzilli.

Como mostrou o Metrópoles, a filha mais velha da suspeita, de 21 anos, contou que, após o nascimento, a mãe arrancou o cordão umbilical com as mãos, matou o recém-nascido e jogou o corpo no lixo. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado em seguida, pois a mulher teve hemorragia.

Exame psiquiátrico

O desequilíbrio e a frieza fizeram com que os investigadores pedissem ao Poder Judiciário que a mulher seja submetida a um exame psiquiátrico elaborado por psiquiatras forenses do Instituto Médico Legal (IML). Os testes deverão ocorrer quando a diarista receber alta médica.

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