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Justiça nega liberdade a suspeito de liderar Máfia das Próteses

Johnny Wesley Gonçalves Martins está preso desde setembro do ano passado, durante a deflagração da Operação Mr. Hyde

atualizado

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Johnny
1 de 1 Johnny - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de habeas corpus ajuizado pela defesa do médico Johnny Wesley Gonçalves Martins, apontado como o líder da Máfia das Próteses que atuava na capital federal. Preso preventivamente desde a deflagração da Operação Mr. Hyde, em setembro do ano passado, Johnny Wesley já havia tido a liberdade negada pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), em maio. Os advogados entraram com recurso no STJ, que também indeferiu o pedido.

Na decisão, o ministro Felix Fischer afirma que a manutenção da prisão está suficientemente fundamentada “na necessidade de garantia da ordem pública”. De acordo com as investigações, Johnny Wesley era o articulador da organização voltada para fraudar os custos de cirurgias ortopédicas em Brasília.

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O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) sustenta que cabia ao acusado o recrutamento dos médicos que se beneficiariam e fomentariam o esquema, assim como o pagamento das comissões a esses profissionais e a coordenação da organização como um todo.

Em maio, um outro médico preso durante a operação, Antônio Márcio Catingueiro Cruz, conseguiu o direito à liberdade provisória após decisão do TJDFT. De acordo com as investigações, o funcionário do Hospital Home fazia a ligação entre a TM Medical – empresa que vendia próteses de baixa qualidade –, planos de saúde e hospitais.

Operação Mr. Hyde
A Máfia das Próteses do DF foi desarticulada em 1º de setembro de 2016, na Operação Mr. Hyde, realizada em conjunto pela Polícia Civil e o Ministério Público local. Treze suspeitos foram presos, entre médicos e pessoas relacionadas à empresa TM Medical.

O grupo é acusado de enganar planos de saúde e, principalmente, pacientes, que eram submetidos a cirurgias desnecessárias e com materiais de baixa qualidade para que o bando pudesse aumentar seu lucro. Apenas no ano passado, a ação da máfia tinha atingido 60 pessoas. Os acusados também são suspeitos de ameaçar e atentar contra a vida de testemunhas.

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