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Delegada que investigou crime da 113 Sul, Martha Vargas, é presa

Mandado de prisão foi cumprido pela Corregedoria da Polícia Civil do DF neste sábado (20/10). Ela foi condenada a 16 anos de prisão

atualizado

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Reprodução/TV Globo
martha vargas
1 de 1 martha vargas - Foto: Reprodução/TV Globo

Condenada a 16 anos de prisão por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura, a ex-delegada Martha Vargas foi presa na tarde deste sábado (20/10). Os crimes foram cometidos durante as investigações do triplo assassinato ocorrido da 113 Sul.

O mandado de prisão foi expedido pela juíza da Vara de Execuções Penais Leila Cury e cumprido pela Corregedoria da Polícia Civil. A condenação da delegada ocorreu em 2016, com a punição mantida em decisões de outubro de 2017 e abril deste ano – desta vez, em segunda instância.

A Polícia Civil do Distrito Federal informou que a corregedoria “cuidará de todos os procedimentos e, em seguida, ela será encaminhada à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde ficará à disposição da Justiça”.

Em setembro, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) cassou a aposentadoria de Martha. A medida foi publicada na edição do dia 19 do Diário Oficial do DF. No último registro de rendimentos da ex-delegada no Portal da Transparência, de dezembro de 2017, a policial recebeu remuneração líquida de R$ 16.077,55.

Relembre o caso
No dia 31 de agosto de 2009, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, e a empregada Francisca Nascimento da Silva foram encontrados mortos no apartamento do casal, na 113 Sul. De acordo com a perícia da época, as vítimas teriam morrido três dias antes, após levarem 78 facadas.

A investigação foi conturbada. Segundo os autos, a delegada Martha Vargas baseou-se em informações de uma vidente para dar andamento às investigações sobre a morte da família do ex-ministro. Além disso, na época em que estava à frente do caso, teria ordenado a prática de “tortura física e psicológica” nos três suspeitos do crime para que confessassem o triplo homicídio. Como exemplos de tortura, foram citados “uso de sacos plásticos para sufocar”, “banhos frios durante a madrugada” e “agressões”, supostamente, por parte de policiais que atuavam na 1ª Delegacia de Polícia.

Martha conduziu o inquérito durante oito meses. Foi afastada devido às acusações de irregularidades cometidas. Assim, o caso passou para as mãos da delegada Mabel Farias, da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida). Após mais de um ano de investigações e diversas reviravoltas, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava, Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo, e Francisco Mairlon Barros Aguiar foram presos pelo triplo assassinato. Em 2012, um júri popular condenou a 55 anos de prisão os assassinos confessos do casal: Francisco Mairlon e Leonardo Campos.

Entretanto, o crime ainda não teve um desfecho completo. Segundo Campos, a mandante dos assassinatos teria sido a filha do casal. De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, a mulher recebia uma mesada de R$ 8 mil por mês e tinha constantes brigas com a mãe por pedir mais auxílio financeiro. A suspeita chegou a ficar 19 dias detida, mas foi solta e responde às acusações até hoje em liberdade.

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