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Justiça de GO marca audiência de chacareiro acusado de ajudar Lázaro

Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, está preso desde o dia 24 de junho e audiência ocorre no dia 8 de novembro

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Igo Estrela/ Metrópoles
Elmi Caetano Evangelista, acusado de dar guarida a Lázaro Barbosa
1 de 1 Elmi Caetano Evangelista, acusado de dar guarida a Lázaro Barbosa - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

A Vara Criminal de Cocalzinho de Goiás agendou para o dia 8 de novembro a audiência de instrução e julgamento de Elmi Caetano Evangelista, 73 anos. Ele foi preso em 24 de junho acusado de ajudar o maníaco Lázaro Barbosa, 32, a se esconder da polícia em uma chácara da região.

A audiência ocorrerá de maneira virtual. Testemunhas arroladas pelas duas partes serão ouvidas, bem como o próprio acusado. Além de facilitar a fuga do homem que cometeu uma série de crimes ao longo do mês de junho, o idoso também responde por posse ilegal de arma de fogo.

A decisão de tornar Elmi réu foi tomada no dia 6 de julho, oportunidade em que a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva.

Na denúncia, o MPGO disse que Elmi Caetano teria cometido o crime de favorecimento pessoal por pelo menos cinco vezes e em “continuidade delitiva”, considerando a quantidade de dias, em momentos alternados, em que o denunciado deu guarida a Lázaro.

Segundo o Ministério Público, Elmi Caetano tinha uma arma de fogo com sinal de identificação adulterado. A espingarda de ar comprimido foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22, e, portanto, sem numeração, “em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

“Apesar dos esforços incessantes destinados à captura do citado criminoso, apontado como de altíssima periculosidade, constatou-se que o denunciado Elmi, pelo menos desde a data de 18/06/2021 até o momento de sua prisão em flagrante em 24/06/2021, de forma livre e plenamente ciente das buscas realizadas pelas forças policiais na tentativa de capturar o criminoso Lázaro, deu guarida a ele em sua propriedade rural, fornecendo-lhe repouso, comida, e escondendo-o no local, de maneira a retardar e dificultar sobremaneira o trabalho da polícia”, escreveu na denúncia a promotora Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello.

A juíza da Comarca de Cocalzinho de Goiás atendeu à solicitação do MPGO e arquivou o inquérito policial em relação ao caseiro Alain Reis de Santana, que havia sido preso junto ao patrão Elmi Caetano.

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O que diz a defesa

Procurado, o advogado de Elmi Caetano, Ilvan Barbosa, informou que a defesa se manifestará apenas no processo.

Ele disse, no entanto, que “a conduta de posse de arma é atípica, como constatou o laudo”. Desta forma, o defensor entende que “só resta o delito de favorecimento real que tem a pena de 01 a 06 meses”.

Relato

Alain revelou à polícia que Elmi ajudou o maníaco na fuga. O patrão teria permitido que o foragido passasse as noites na sede da chácara e o alimentava há dias. Elmi teria deixado as portas do local destrancadas, como se esperasse por Lázaro.

No dia 24 de junho, por volta das 6h30, Alain chegou para trabalhar de bicicleta e encontrou o patrão, Elmi, e o filho Gabriel. O caseiro afirma que foi mandado para o córrego, com a informação de que a bomba estaria estragada, mas não havia nada de errado com o equipamento. Para o empregado, a ordem serviu para afastá-lo da sede da chácara.

No mesmo dia, Alain viu Lázaro entrar correndo na casa para se refugiar em um quarto, mas, antes, fez um sinal para que o funcionário deixasse o local. O caseiro encontrou policiais na propriedade e, por ter sido ameaçado de morte pelo foragido, negou que o criminoso estivesse na chácara. Depois que os agentes foram embora e, em seguida, um helicóptero sobrevoou a chácara, o foragido saiu do cômodo e foi até o córrego onde costuma se esconder.

Segundo Alain, Lázaro vestia apenas roupas pretas: camisa social, calça colada ao corpo, calçado (tênis ou bota) e um boné da marca Oakley. Lázaro foi capturado, mas morreu após confronto com a polícia, no dia 28 de junho.

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