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Jovem planejava usar carro-bomba e armas de fogo em show no DF

Segundo delegado, o rapaz tinha conhecimento em fabricação de artefatos e tinha explosivo suficiente para detonar uma casa

atualizado

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O massacre planejado pelo jovem de 19 anos preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), neste sábado (29/02/2020), envolveria a explosão de carro-bomba e a execução de sobreviventes com arma de fogo. A motivação do ataque ainda é um mistério, mas o rapaz – que não teve a identidade revelada – já havia detonado pelo menos um artefato no passado, quando perdeu a falange de um dedo.

Segundo o delegado Dário Taciano de Freitas Júnior, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), a empresa Yahoo! enviou o alerta do possível ataque na sexta-feira (28/02/2020), a partir de postagem na internet. “Ele disse que faria um massacre histórico em um show de rap e funk com adolescentes, que ele chama de vagabundos, descolados e drogados”, relatou.

“Disse que iria utilizar o conhecimento dele em arma química e usar armas ilegais, iria explodir o local, utilizar carro-bomba. Os sobreviventes ele iria matar com disparos de arma de fogo”, pontuou o delegado. A polícia utilizou métodos de investigação cibernéticas para chegar ao suspeito, em uma casa no Lago Norte.

Com autorização de busca e apreensão da Justiça em mãos, os agentes foram até o local. O Departamento de Operações Especiais (DOE) participou da diligência. No local, foram encontrados artefatos, explosivos e substâncias aptas à preparação de algum tipo de explosivo. A polícia também encontrou muito dinheiro em espécie.

“Cinco quilos de nitrato de amônia são suficientes para derrubar uma casa. Ele tinha poder de fogo para derrubar uma casa”, destacou delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani Júnior. “Ele tinha condições técnicas de cumprir com as ameaças.”

Em entrevista informal no local, o suspeito confessou ter feito as postagens, revelou a polícia. Contudo, o homem não explicou a motivação. Além disso, o suspeito também negou que o atentado seria em uma festa neste sábado. “Disse que poderia ser em qualquer evento”, pontuou Dário Júnior.

Veja o material apreendido com o suspeito:

Bombas

O explosivo foi desativado. A polícia também apreendeu 5 quilos de nitrato de amônia e 1 quilo de nitrato de potássio, que poderiam ser usados para produção de outro artefato. “Era possível a produção de um explosivo que vitimasse dezenas de pessoas”, alertou o delegado Dário Júnior. No quarto dele, também foram encontrados desenhos com pessoas sendo mortas a facadas, tiros e balas de canhão, além de um livro intitulado Manual do Ódio.

O rapaz não tem passagem criminal. “Conforme entrevista preliminar de familiares, inclusive da própria genitora, e dele próprio vimos que ele sempre gostou de mexer com explosivos. No Ensino Médio, com um grupo da escola, explodiu um determinado artefato e perdeu a falange de um dos dedos”, revelou.

O rapaz será a princípio indiciado pelo Estatuto do Desarmamento, com pena de 3 a 6 anos de prisão. O acusado será encaminhado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) e na sequência ficará à disposição da Justiça para audiência de custódia.

A PCDF apreendeu também aparelho de celular e notebook. Agora os agentes vão investigar se existem pessoas envolvidas com o acusado no plano para o massacre. O homem não tinha emprego fixo e vivia com os pais. A identidade dele não foi revelada em razão da Lei de Abuso de Autoridade.

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