Jovem morto ao tentar roubar família no DF entrou no crime aos 15 anos
Iago Santos Silva, 19, já havia sido preso oito vezes e deixado um rastro de crimes antes de ser baleado pela vítima, que estava armada
atualizado
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O homem morto após tentar roubar uma caminhonete, na manhã desta quinta-feira (25/3), em um posto de combustíveis em Planaltina, entrou para o mundo do crime quando ainda era adolescente, aos 15 anos. Iago Santos Silva, 19, já havia sido preso oito vezes e deixado um rastro de crimes antes de ser baleado, nesta quinta, por um homem cadastrado como CAC (colecionador, atirador ou caçador) e que teve a família ameaçada durante o assalto.
A última ocorrência envolvendo Iago foi no ano passado, quando acabou autuado na Lei Maria da Pena, na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher II (DEAM II) por injúria, ameaça e invasão de domicílio. Além da tentativa mal sucedida no roubo que resultou em sua morte, Iago tinha passagens por uma série de atos infracionais cometidos quando ainda era adolescente.
Na época em que tinha 15 anos, foi apreendido por se envolver em furtos a residências. Depois voltou ser flagrado pela polícia por furtar veículos e render pedestres com o uso de arma de fogo para roubar bolsas e celulares. Também chegou a ser detido por roubo de veículos, tráfico de drogas, além de injúria e ameaça.
O assalto
Nesta quinta, o proprietário da caminhonete estava calibrando os pneus do veículo quando foi abordado pelo criminoso armado. Preocupado com a mulher e a filha, que estavam dentro do automóvel, ele reagiu e disparou duas vezes contra o bandido.
O assaltante estava armado com um revólver calibre 38. O Corpo de Bombeiros foi chamado e levou o homem ferido ao Hospital Regional de Planaltina. Iago não resistiu aos ferimentos e morreu. “Defendi minha família e a mim mesmo também”, relatou a vítima do assalto. “Quando ele atirou em mim, meti bala nele também. Eu estava com a pistola na cinta”, completou.
O dono do veículo compareceu voluntariamente à 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), de onde deve ser liberado, em razão de legítima defesa. Um inquérito policial será instaurado para apurar todas as circunstâncias do fato. O autor dos disparos é cadastrado com CAC e a arma estava regularizada, mas ficou apreendida na DP.