Depois de levar uma queda na instituição onde morava, no Lago Norte, Vera Regina Azevedo de Freitas, 77 anos, teve duas fraturas no fêmur esquerdo e ficou debilitada. Com o osso quebrado, a idosa está internada há 11 dias à espera de uma cirurgia ortopédica no Hospital Regional do Paranoá (HRPa).
Além das dores, Vera agora tem de lidar com as feridas que começaram a surgir na pele por ficar muito tempo deitada. Segundo a filha dela, Ana Lúcia Azevedo de Freitas, 45, o sofrimento começou quando a mãe caiu no chão ao se desequilibrar esperando pela cuidadora.
Vera foi levada ao hospital e precisou ficar deitada até o diagnóstico para o procedimento cirúrgico. Após 11 dias de dores e desespero da família, a idosa ainda não entrou na sala de cirurgia. “É um absurdo o que está acontecendo com a minha mãe. Ela está com fêmur quebrado em dois lugares e sentindo muitas dores, mas o hospital não consegue sequer terminar de realizar o exames para ela entrar na sala de cirurgia”, reclama a filha.
De acordo com Ana Lúcia, o cardiologista do hospital não autorizou a cirurgia de Vera sem completar os exames de risco cirúrgico. A idosa precisa fazer ecodoppler, ultrassonografia para verificar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias, mas o hospital estava sem o aparelho de ecocardiograma. “É apenas um cardiologista para o hospital inteiro. O objetivo é conseguir a cirurgia para ela o mais rápido possível, porque estamos vendo que, se não tomarmos uma providência, ela vai mofar nesse hospital e ficar toda ferida”, lamenta.
Ana Lúcia fez um registro na ouvidoria do hospital para solicitar a a cirurgia com urgência.

Família registrou reclamação na ouvidoria do hospital Imagens cedidas ao Metrópoles

Vera começou a ter feridas na pele por ficar 11 dias deitada Imagens cedidas ao Metrópoles

Família pede cirurgia com urgência Imagens cedidas ao Metrópoles

Fêmur quebrou em duas partes Imagens cedidas ao Metrópoles

Idosa caiu em casa de apoio Imagens cedidas ao Metrópoles
O outro lado
A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou que a paciente apresenta risco cardiológico alterado, sendo necessário exame de maior complexidade para finalizar os exames de risco cirúrgico.
Segundo o Hospital Regional do Paranoá, a exame está programado para ser realizado na sexta-feira (22/10). “O médico cardiologista, estando de posse dos exames pré-operatórios, da história clínica e do exame físico da paciente, solicitou o ecocardiograma”, afirmou.