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“Ideologia de gênero é fantasma que não existe”, diz Fábio Felix

Deputado distrital eleito com mais votos na história da Câmara Legislativa avalia que tema foi descontextualizado para impedir debates

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
Fábio Felix é entrevistado pela colunista Isadora Teixeira - Metrópoles
1 de 1 Fábio Felix é entrevistado pela colunista Isadora Teixeira - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O conceito de ideologia de gênero é algo que não existe, segundo o deputado distrital Fábio Felix (Psol), reeleito com a maior quantidade de votos já registrados nas eleições para a Câmara Legislativa. Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (4/10), o político comentou temas como a violência contra a população LGBTQIA +, a eleição deste ano e as projeções para os próximos anos na CLDF.

Para Felix, a já desmentida ideologia de gênero é usada como munição, para assustar e não permitir debates necessários. “Criam o fantasma da ideologia de gênero. Não existe isso de ideologia de gênero. Existe a questão de gênero e a igualdade de gênero, que as mulheres e a população LGBTQIA + lutam para alcançar”, disse.

Primeiro gay assumido a assumir um mandato na Câmara Legislativa, o distrital lembrou que a escola precisa ser um ambiente acolhedor para todos, que fomente respeito às diversidades. “A gente quer que a escola seja um espaço de reflexão sobre as questões de gênero, de orientação e diversidade sexual, no sentido da promoção do respeito à diversidade”, pontua.

Assista a entrevista na íntegra:

O deputado do Psol enxerga na eleição para a CLDF deste ano um recado para a organização do campo progressista no DF, mas se preocupa com outros nomes eleitos no pleito, em diferentes cargos. Para ele, a Câmara Legislativa ainda tem muito trabalho neste mandato, como a aprovação do orçamento, e computa feitos para a população do DF nos últimos anos.

“A CPI do Feminicídio fez um trabalho extraordinário, com muitas mãos, de mapeamento da situação da violência contra a mulher no DF e da rede de atendimento. Durou mais de um ano. Visitamos praticamente todos os serviços dessa cidade, vimos o problema de perto, aprovamos leis importantes, como assistência aos órfãos do feminicídio, que são mais de 200”, exemplifica.

Outro destaque para Fábio foi a atuação da Comissão dos Direitos Humanos da CLDF. “Antes, recebia de 40 a 80 denúncias por ano. Hoje, recebe mais de mil. A gente tem vários gargalos, mas um muito importante é a fiscalização do sistema prisional”, diz. Ele citou que é preciso ampliar ações como o mapeamento de dados da taxa de ressocialização. “Quantos dos 16 mil presos estão estudando? Pelo que eu saiba, são menos de 2 mil”, diz.

Mais cedo, no mesmo dia, o Metrópoles entrevistou Ibaneis Rocha (MDB). O governador reeleito prometeu reajuste de 18% para todos os servidores, sendo a maior parte deles com pagamentos parcelados. Fábio criticou a divisão. “Temos categorias com salário muito baixo, como a minha, que sou da carreira socioeducativa. Junto com a carreira de assistência social, de auxiliares de educação, de professores, são salários muito defasados. A gente quer 18% agora, não dá para esperar parcelamento de quatro anos”.

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