Homem que tentou matar ex-esposa atropelada tem 3 passagens por Maria da Penha

Dioney de Andrade Miguel Cruz, 32 anos, foi preso na quinta-feira (2/3) após tentar matar a companheira atropelada, no Riacho Fundo 2

atualizado 03/03/2023 17:40

Reprodução

Dioney de Andrade Miguel Cruz, 32 anos, preso na quinta-feira (2/3) por tentativa de feminicídio, no Riacho Fundo 2, acumula três passagens por Lei Maria da Penha. Os crimes foram cometidos em 2019, 2020 e 2022, contra mulheres diferentes.

Cruz foi detido nessa quinta após tentar matar a ex-esposa Valeriana Soares de Araújo, 30, atropelada em uma via na QN 15. No momento do socorro à vítima, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) encontrou Valeriana caída ao chão. Ela apresentava edema nas pernas, vômito, sudorese, taquicardia e foi levada para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

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Vizinhos relataram que a vítima havia registrado boletim de ocorrência contra o ex-companheiro, em 2022, e, inclusive, tinha medidas protetivas contra ele.

Em buscas rápidas pela região, as equipes dos bombeiros não encontraram o suspeito. Contudo, ele foi identificado e preso pouco depois do crime, em Luziânia (GO).

O Metrópoles apurou que Cruz acumula inúmeras passagens por roubos, receptação, injúria, violência doméstica e por dirigir embriagado.

Outras ocorrências

Em 2020, Cruz foi indiciado por violência doméstica contra uma segunda companheira. À época, o homem teria invadido a casa da mulher, a agredido e ameaçado de morte.

A vítima procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência contra Dioney. Contudo, a Justiça mandou arquivar o caso “por falta de provas”.

Em 2019, uma terceira mulher, companheira de Cruz no período, procurou a polícia após ser agredida pelo criminoso. A vítima, que mantinha um relacionamento de 5 anos com o suspeito, disse ter apanhado, além de sofrer injúria e ameaça por parte dele. Segundo a vítima, Dioney teria, ainda, invadido sua casa e quebrado uma televisão.

Outra vez, a Justiça mandou arquivar o processo contra o suspeito “por falta de provas”.

Nesta sexta-feira (3/3), Cruz passou novamente por audiência de custódia, após tentar matar a atual companheira Valeriana Soares de Araújo. Dessa vez, porém, a prisão em flagrante do acusado foi convertida em preventiva.

Para o juiz Tarcísio de Moraes Souza, que analisou o processo, a manutenção da prisão do autuado se fez necessária para garantir a preservação da ordem pública e, principalmente, resguardar a integridade física da vítima.

“Os fatos são concretamente graves. Nesse quadro, a decretação da prisão preventiva mostra-se imperiosa para a proteção da vítima, tendo em vista que a gravidade concreta dos atos de violência empregados denota que a adoção de providência mais branda será ineficaz”, avaliou o magistrado. “Com efeito, o avanço da perigosa escalada de violência doméstica pelo autuado tem enorme potencial de causar dano grave e irreparável à vítima caso não haja tutela estatal eficiente”, finalizou.

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