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Homem que atirou na cabeça de companheira grávida ficará preso até julgamento

O suspeito teve o flagrante convertido em prisão preventiva e ficará encarcerado no Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda

atualizado

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Cleiton Alisson de Sousa
1 de 1 Cleiton Alisson de Sousa - Foto: Reprodução

Preso em flagrante por atirar na cabeça da companheira grávida de três meses, Cleiton Alisson de Sousa, 29 anos, ficará preso até ser julgado pela tentativa de feminicídio. A decisão foi tomada pela Justiça durante audiência de custódia ocorrida nesta sexta-feira (13/11), no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O suspeito teve o flagrante convertido em prisão preventiva e ficará encarcerado no Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda.

A vítima do crime é Lorrane Silva de Oliveira, 24 anos. Segundo os depoimentos, a jovem, internada desde quarta-feira (12/11), costumava sofrer agressões severas e era ameaçada de morte. O delegado-chefe da 13ª DP (Sobradinho), Hudson Maldonado, afirmou que pessoas próximas à vítima relataram que o ciúme doentio nutrido por Cleiton motivava os espancamentos. “Em um dos episódios, a jovem levou um soco na boca, porque havia saído de casa sem a companhia dele. Depois, ela foi jogada debaixo de um chuveiro, com água fria, para que o inchaço diminuísse”, detalhou o delegado.

As testemunhas revelaram que a gravidez de Lorrane não havia sido planejada. Ela pretendia se separar do rapaz, mas ainda não havia tomado coragem. “Ela contava que não estava feliz e pretendia se separar, mas sentia pena do companheiro, que não tinha para onde ir. E, por esse motivo, tinha desistido de registrar ocorrências de agressão contra ele”, ressaltou o delegado.

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Lorrane está em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional do Paranoá. O homem assumiu ter atirado na mulher, mas disse que foi um disparo acidental. Após ter acertado a companheira com o projétil, o acusado fugiu da cena, sendo preso em Sobradinho 2.

A perícia da Polícia Civil do DF refuta as alegações de Cleiton, pois encontrou duas cápsulas no local do crime, o que, segundo o delegado, coloca em xeque a versão do homem de que ele teria disparado um tiro de maneira acidental.

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