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Homem preso por feminicídio teria enforcado vítima com fio de varal

A informação foi confirmada ao Metrópoles pela PCDF. Se condenado por feminicídio, criminoso poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão

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Mulher de blusa verde olhando para foto
1 de 1 Mulher de blusa verde olhando para foto - Foto: Reprodução redes sociais

André Luiz Muniz dos Santos, 51 anos, preso por ter assassinado a esposa, Mirian Nunes, na noite dessa segunda-feira (2/1), na QNM 21, Conjunto L, em Ceilândia, teria matado a mulher com um fio de varal, e não com um cinto, segundo depoimento à Polícia Civil do DF. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) disse, preliminarmente, que o objeto para assassiná-la poderia ter sido um cinto.

O criminoso estava foragido desde segunda, mas, após a repercussão do caso, entregou-se à policia na quarta (4/1), dois dias após cometer o crime.

Segundo a delegada Thalita Borin, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II, o criminoso não quis “dar declaração formal”, mas teria mencionado “um fio de varal” para matar Miriam.

André foi encaminhado à carceragem, onde permanecerá cautelarmente, à disposição da Justiça. Se condenado por feminicídio, poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Veja fotos da vítima:

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O crime

A cabeleireira foi encontrada morta dentro de casa por familiares do assassino, momento em que acionaram a Polícia Militar do DF (PMDF). Segundo a corporação, Miriam apresentava sinais de enforcamento, causado pelo fio de um varal.

A mulher era mãe de duas crianças, de 6 e 8 anos, e de um bebê de um mês, fruto do relacionamento com o assassino. A recém nascida teria presenciado o crime.

Segundo as investigações, vítima e assassino moravam juntos desde novembro de 2022 em uma casa com os familiares de André. Após matá-la, o criminosos disse aos parentes que ia fugir e pediu que acionassem o Samu.

Quando o socorro chegou ao local, Miriam já estava sem sinais vitais.

Agressões e outras ameaças

Dois meses antes de morrer, a cabeleireira registrou boletim de ocorrência informando ter sido ameaçada, agredida e estuprada pelo companheiro. À época, a mulher, que estava no nono mês de gravidez, procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para solicitar medida protetiva. Após o nascimento da filha, porém, acabou reatando com o agressor.

No início de novembro de 2022, a cabeleireira declarou à polícia que, em uma tentativa de romper a relação com André, ele a violentou. O abuso teria acontecido dois meses antes do registro do BO, ou seja, no sétimo mês da gravidez. O medo que sentia do parceiro, no entanto, a teria impedido de procurar ajuda.

Na declaração, registrada junto à PCDF, a vítima teria dito, ainda, que André afirmou que estava “apenas esperando ela dar à luz à filha do casal para matá-la”.

Segundo relatou Miriam, o homem teria combinado com uma mulher, identificada apenas como Carol, de “espancar” a cabeleireira até a “morte” após o nascimento da filha do casal. Dias após a ameaça, o André cortou os cabelos da vítima em meio a uma discursão por ciúme.

Na data, a jovem pediu ajuda de vizinhos, que chamaram um transporte por aplicativo com o objetivo de levá-la a uma delegacia. O agressor, contudo, também entrou no veículo.

Com medo de ser morta, Miriam contou ter pedido para o motorista deixá-la no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), pois “estava passando mal”. No momento em que saiu do carro, André teria dito a ela que “não a deixaria viva” e que “faria o que há de pior com ela”.

Ainda segundo os relatos, um vigilante do hospital testemunhou o que o suspeito teria dito a mulher e chamou a polícia. Com a saída do criminoso da unidade de saúde, a vítima foi encaminhada a uma delegacia, onde pôde registrar a ocorrência.

À época, Miriam foi encaminhada à Casa Abrigo para ficar em segurança, mas, após sair do local para dar à luz à filha, optou por reatar o relacionamento.

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