metropoles.com

Gama é a quinta cidade do DF a superar a marca de 100 mortes pela Covid-19

Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Plano Piloto atingiram a triste marca. Três regiões estão próximas de superar o número

atualizado

Compartilhar notícia

Gabriel Jabur/Agência Brasília
hospital regional de planaltina
1 de 1 hospital regional de planaltina - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Gama superou, na última semana, a triste marca de 100 mortes em decorrência do novo coronavírus.  Com 103 óbitos notificados desde o início da pandemia, a região administrativa é a quinta cidade da capital do país a alcançar uma centena de vidas perdidas pela doença.

Ceilândia registra o maior número de falecimentos provocados pela Covid-19: 336 mortes. A região administrativa é seguida por Taguatinga e Samambaia no ranking de falecimentos. A primeira perdeu 162 moradores e a segunda, 144. Na última terça-feira (4/8), o Plano Piloto também atingiu o número. Até essa segunda (10/8), a região contabilizou 114 óbitos, no total.

Agora, três regiões administrativas aparecem como candidatas a ultrapassar a marca também: Planaltina, Santa Maria e Guará, com 85, 77 e 78 mortes, respectivamente.

Isso traz uma preocupação a mais para os moradores dessas cidades. Afinal, Planaltina e Guará não contam com leitos de unidade de tratamento intensivo reservados para infectados com a Covid-19 nos hospitais públicos. Só têm unidades de cuidados intermediários. E no Hospital Regional de Santa Maria, até as 14h desta segunda (10/8), havia apenas quatro vagas específicas para casos graves do coronavírus.

 

0
Características

A disseminação obedece estágios diferentes, o comportamento dos moradores das regiões administrativas é um dos fatores influenciadores na contaminação da doença. A densidade urbana do local também é um dos fatores que deve ser levado em consideração.

“Não há como controlar a densidade de um local. Ela favorece ou desfavorece que as pessoas se contaminem mais. As RAs como Gama, Santa Maria e Planaltina, são locais muito menos populosos que Ceilândia, por exemplo, mas que ficam distantes do Plano Piloto. Quanto mais longe é o local do centro econômico do DF, mais as pessoas se locomovem nas ruas e, por esse motivo, esses locais podem vir a ser um celeiro de casos.”

As informações são dos doutores Breno Adaid e Thiago Nascimento, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), do Departamento de Ciência do Comportamento, e coordenadores do mestrado em Administração do Centro Universitário Iesb. Os dois, junto ao estudante de estatística César Galvão, acompanham os números da pandemia no DF.

Há também a questão do isolamento social, que nunca esteve tão baixo, segundo Breno Aidad. “Segundo os dados do Inloco, desde que entramos em quarentena, o índice de isolamento no DF, aos domingos, registrou a menor taxa neste último domingo 43,9%, desde junho. Estamos com um índice relativamente baixo e caindo.”

Ocupação dos leitos

Na manhã desta segunda-feira (10/8), a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública para Covid-19 era de 77% de acordo com o site Sala de Situação, alimentado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) do Governo do Distrito Federal (GDF).

O Hospital Regional do Gama (HRG) tem 20 leitos de UTI para atender os pacientes mais graves infectados com a doença. Desses, 16 estão ocupados e quatro bloqueados. A unidade tem, ainda, mais 16 vagas para tratamento na Unidade de Cuidado Intermediário (UCI), sendo que todos estão ocupados. A unidade atingiu 100% de ocupação.

O Hospital Regional de Planaltina (HRPl) tem quatro leitos de UCI e apenas um vago. A unidade de Santa Maria (HRSM) conta com 90 leitos de UTI e desses, três estão vagos. No Hospital do Guará (HRGu), há quatro leitos de UCI no total e um ocupado.

Compartilhar notícia