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Fraude em planos de saúde: bando fez ao menos 100 vítimas no DF

Quadrilha é alvo de operação da PCDF e do Ministério Público nesta quarta-feira (27/11/2019)

atualizado

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Arquivo/Agência Brasil
plano de saúde
1 de 1 plano de saúde - Foto: Arquivo/Agência Brasil

A organização criminosa alvo da Operação Esculápio, na manhã desta quarta-feira (27/11/2019), fez cerca de 100 vítimas. A investigação, coordenada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Polícia Civil do DF, mirou no grupo que age no Distrito Federal e Rio de Janeiro. Os criminosos são suspeitos de fraudar planos de saúde. São investigadas cinco corretoras de seguros, três empresas de fachada e quatro empresários.

Alguns pacientes morreram. Entre eles, três freiras, que moravam em um convento no DF. A instituição fechou contrato com o grupo para oferecer plano de saúde às religiosas. Logo em seguida, as vítimas precisaram de atendimento, mas não tiveram porque o contrato era fraudado.

Segundo o promotor de Justiça Paulo Binichesk, os criminosos mantinham esquema para cadastrar clientes de forma fraudulenta em planos de saúde empresariais. A quadrilha é alvo de sete inquéritos policiais instaurados entre 2017 e 2018.

“Eles ofereciam o plano para pessoas que não tinham vínculo empregatício e idosos. Realizavam o cadastro junto às operadoras utilizando dados falsos, como a profissão, idade e condição de saúde. Em alguns casos, verificamos que eles cobraram o dobro do preço. Quando as vítimas precisavam ir ao hospital, percebiam a fraude e não conseguiam realizar os procedimentos médicos”, explicou.

Ainda de acordo com o MPDFT, a organização criminosa é constituída por um núcleo duro, formado por líderes do esquema. Dois sócios de uma corretora de planos de saúde. Eles são encarregados de idealizar, esquematizar e montar o esquema. Também gerenciam as principais ações do núcleo de cooptadores, formado por corretores autônomos e funcionários que atuam com a finalidade de atrair pessoas vulneráveis – idosos, doentes, pessoas sem vínculos empregatício, associativo, sindical, ou seja, pessoas não elegíveis aos planos de saúde coletivos por adesão.

Outro núcleo operacional é formado por três suspeitos, eles têm a função de operacionalizar o esquema no DF e em outros estados, além de adulterar documentos, formalizar parcerias e criar vínculos empregatícios falsos com as empresas utilizadas na fraude.

Mandados foram cumpridos no Sudoeste, no Riacho Fundo e em Santa Maria. Três empresas jurídicas localizadas no Setor Comercial Sul também se tornaram alvo. Nos locais de cumprimento da busca, diversos documentos referentes à contratação de planos de saúde, HDs de computadores e celulares acabaram apreendidos.

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