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Filhos de empresário achado em TO estão preocupados com a saúde do pai

Brayon e Lorrane querem entender por que o empresário Marcos Biângulo deixou o DF sem dar explicações. Ele ficou sumido por seis dias

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
brayon e lorrane
1 de 1 brayon e lorrane - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Um misto de alívio e preocupação tomou conta dos filhos de Marcos Antônio Biângulo, 51 anos, ao saberem, nesta terça-feira (3/10), que o empresário havia sido encontrado. Marcos Antônio estava desaparecido desde a última quarta-feira (27/9), quando sacou dinheiro em um banco de Ceilândia. Desde então, não dava notícias. Apreensiva, a família acionou a polícia, pediu ajuda à imprensa e fez campanha nas redes sociais. Hoje, ficaram sabendo que o pai havia sido localizado vivo em Tocantins.

Estamos felizes de tê-lo encontrado, mas, por outro lado, não sabemos como ele está psicologicamente. Foram seis dias sem notícias. Ficamos muito apreensivos

Brayon Pablo da Silva Biângulo, 20 anos, professor de educação física e filho de Marcos Antônio Biângulo

Na tarde desta terça (3), Brayon e a filha mais velha, a engenheira Lorrane Stephane da Silva, 23 anos, receberam a reportagem na Casa Nova Choperia e Restaurante, na QNM 9 de Ceilândia. O estabelecimento pertence à família de Marcos Antônio. Segundo os jovens, eles ficaram sabendo que o pai havia sido localizado em Tocantins por meio do Metrópoles, que noticiou o fato às 12h38.

No entanto, até o início desta noite, Lorrane e Brayon tinham mais dúvidas do que certezas. Segundo os filhos, a polícia não havia informado em qual município o pai foi localizado e eles ainda não tinham conversado com Marcos Antônio. De acordo com eles, não há parentes nem conhecidos da família em Tocantins. “Ele não está bem, não faria isso se estivesse normal”, lamentou a jovem.

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Quantia em dinheiro
No dia em que sumiu, o empresário carregava uma quantia considerável em dinheiro. Ele jamais depositou os cerca de R$ 15 mil ganhos com a venda de um veículo. “Deixei meu pai no banco e fui resolver algumas coisas na rua. Não sabemos se ele ainda está com o dinheiro, se depositou, se foi assaltado”, disse.

Na tarde de domingo (1º), a esposa do empresário, Elza Biângulo, e a filha Lorrane conversaram com o Metrópoles na Casa Nova Choperia e Restaurante.

Elza contou que o marido mantinha uma rotina de depositar grandes quantias no banco toda quarta-feira. “O Marcos coordenava um consórcio de veículos que é feito apenas entre amigos e familiares. No dia em que sumiu, iria depositar o dinheiro pago pelo contemplado de um carro”, contou.

Hoje, Lorrane reforçou que a prática era comum. “Ele sempre compra e vende veículos, por isso é comum estar com dinheiro”, comentou.

Delegacia de Repressão a Sequestros
Marcos Antônio foi localizado por agentes da Seção de Localização de Pessoas Desaparecidas, da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS) da Polícia Civil do DF. O delegado-chefe da unidade, Leandro Ritt, contou que o empresário está bem e não foi vítima de crime.

Em 90% dos casos de desaparecimento, as pessoas não são alvo de criminosos. Muitas vezes, elas desaparecem por vontade própria

Leandro Ritt, delegado-chefe da DRS

Assalto no bar
Natural da cidade de Tiros, em Minas Gerais, a família do empresário mora no DF há 24 anos e sempre trabalhou com comércio. Por conta dos negócios, ele se tornou alvo de assaltantes poucos dias antes de desaparecer. “Invadiram o bar durante a madrugada e levaram televisões e bebidas caras, deixando um prejuízo grande”, contou a mulher. Para ela, entretanto, não há relação entre o crime e o sumiço do marido.

Marcos Antônio era muito conhecido em Ceilândia. De temperamento tranquilo, o empresário colecionava amigos pela cidade mais populosa do DF. “Ele era muito querido e todos estão se empenhando em encontrá-lo. Antes de sumir, chegou a dizer ao meu filho que voltaria a pé e encontraria alguém conhecido para lhe dar carona até o bar”, disse.

Imagens registradas pela câmera de segurança de um restaurante em Ceilândia Centro, próximo ao Bradesco e ao Fórum, mostram Marcos caminhando no comércio e sendo seguido por um rapaz não identificado.

Veja:

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