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Estilista de Brasília é acusada de forjar gravidez com fotos do Google

Ao Metrópoles, Layana negou as acusações e afirmou que processará Rafaela Monteiro, responsável por denunciar o caso

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles
Layana Thomaz gravidez
1 de 1 Layana Thomaz gravidez - Foto: Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

A estilista Layana Thomaz,  radicada em Brasília, foi acusada pela artista plástica Rafaela Monteiro, também conhecida como Rafa Mon, de ter forjado a própria gravidez. Em postagem no Instagram há dois meses, Layana afirmou que a filha, Marina, morreu 20 horas antes da data marcada para o parto, na véspera do último Dia das Mães. Rafa, no entanto, fez uma série de posts no Twitter  sugerindo que a gestação pode nunca ter existido.

Na série de publicações, a artista diz que algumas das fotos usadas por Layana nas redes sociais para compartilhar a gestação teriam sido retiradas aleatoriamente do Google. Ela publicou algumas das fotografias para comparação. “Essa pesquisa de imagens não foi feita somente por mim, foi realizada por um grupo de pessoas que, há meses, está investigando esse caso”, diz Rafa Mon, em um dos posts.

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Procurada pelo Metrópoles, Layana negou todos as acusações e garantiu que vai processar Rafa Mon. Sobre a veracidade das imagens, ela afirmou que só vai se pronunciar, por orientação de seu advogado, depois de formalizar uma ação na Justiça.

“Estou juntando toda a documentação, de ultrassons a atestado de óbito, e vou entrar com uma ação contra ela. São acusações muito sérias e cruéis, minha família está toda abalada. A Marina não é só minha filha, ela é sobrinha, é neta”, defende-se a estilista.

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A sequência de imagens divulgadas no Twitter sugerem que a gestação foi uma farsa. Contudo, Rafaela garante que quer apenas esclarecimentos, uma vez que o parto foi custeado com ajuda de uma vaquinha on-line. A meta era angariar R$ 20 mil.

“Arrecadei com a vaquinha pouco mais de R$ 4 mil, doados pela minha família, tanto por parte de pai quanto de mãe, e amigos muito próximos. O chá de bebê foi extremamente simples, com 20 pessoas presentes”, justifica.

Questionada sobre as razões que Rafa teria para atacá-la, Layana mencionou uma discussão ocorrida há cerca de três anos. No entanto, a estilista não quis entrar em detalhes ao falar com a reportagem do Metrópoles. “[Ela] está tentando me ‘cancelar’, me jogar no tribunal da internet. Mas são acusações muito graves, que podem destruir minha carreira, e ela terá de provar”, conclui.

Relato

Em texto publicado na Veja Rio, Layana narrou, com riqueza de detalhes, o processo da gravidez e a morte de Marina. Ela também se coloca como vítima de violência obstétrica.

“Não lembro como cheguei na emergência da maternidade, e tudo que aconteceu lá é um enorme quebra-cabeça com peças perdidas. O hospital é em Brasília, onde mora a minha mãe, e lembro de diversos médicos, exame de toque, soro, Buscopan na veia e muitas contrações. Eu fazendo mil perguntas e as pessoas pareciam zumbis, ignorando a minha fala nervosa. Ninguém falava comigo. Não esperaram meu obstetra chegar, não tinham meu histórico médico, não quiseram saber de nada, fui vítima de uma violência obstétrica absurda”, relata Layana.

“Lembro de depois de muita dor sentir minha filha sair de mim imóvel e sem som. Eu gostaria de ter morrido ali naquele momento”, conclui a estilista em depoimento.

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