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Está faltando gasolina em alguns postos do Distrito Federal

De acordo com Sinpospetro-DF, sindicato dos trabalhadores do setor, está faltando álcool anidro. Para donos, problema são as promoções

atualizado

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Victor Fuzeira/Metrópoles
Gasolina candanga
1 de 1 Gasolina candanga - Foto: Victor Fuzeira/Metrópoles

Alguns postos registram falta de gasolina no Distrito Federal nesta quarta-feira (26/12). A informação foi confirmada tanto pelo sindicato dos proprietários como dos trabalhadores do setor. Mas há divergência sobre os motivos. Segundo os empresários, as promoções de fim de ano provocaram o desabastecimento. Já os empregados afirmam que está faltando álcool anidro.

O produto é misturado à gasolina e, por isso motivo, há risco de desabastecimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sinpospetro-DF), Carlos Alves dos Santos, desde a última sexta-feira (21), o álcool anidro não está sendo entregue nos postos da rede Ipiranga, que somam 60% do total de 350 estabelecimentos. O motivo não foi explicado pelas usinas.

 

Victor Fuzeira/Metrópoles
Posto Petrolino, em Taguatinga, teve de suspender por três horas venda de gasolina

“O estoque de gasolina está baixo na maioria dos postos. Já há falta em 10 a 15 postos. Se continuar sem álcool anidro, vai aumentar o desabastecimento”, acrescentou. Carlos dos Santos ressaltou ainda que a situação pode se agravar e pede que os motoristas tenham paciência nesta quarta-feira (26) na hora de abastecer. A gasolina consumida na bomba tem entre 18% e 27% de álcool anidro.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, afirma desconhecer o desabastecimento de álcool anidro na capital da República. Entretanto, aponta falta do combustível principalmente em postos “bandeira branca” por conta da grande demanda registrada com as últimas promoções.

“As distribuidoras fazem pedidos para três meses. Como tinha uma queda de consumo de em torno de 20%, fizeram um pedido ‘X ‘e um bando de posto fez promoção, aí se gastou mais do que podia”, explicou. Tavares pondera que são poucos estabelecimentos com falta de combustíveis: menos de 35 postos, ou nem 10% do total.

Uma semana antes do Natal, quem passou pela Asa Norte e pelo Eixo Monumental já encontrava o litro a R$ 3,97 e R$ 3,99, respectivamente. Os valores menores aplicados nas bombas podiam ser achados nos postos BR localizados nas quadras 303 e 305 Norte e no da Torre, só no dinheiro, débito ou à vista.

O preço é quase R$ 0,50 a menos que o registrado na primeira quinzena de dezembro. A maior cotação verificada pela reportagem no dia 7 foi de R$ 4,45, no posto BR da 109 Sul. Após o Natal, um valor menor podia ser encontrado, na manhã desta quarta (26), nos postos Jarjour da 210 Sul e da 206 Norte — R$ 3,90.

O Posto Ipiranga na entrada da Candangolândia precisou fechar duas bombas para regular o estoque de gasolina nesta quarta (26). Segundo funcionários, falta anidro para mistura e, por isso, a medida foi tomada. No entanto, a situação estaria sendo contornada, após um caminhão-tanque descarregar combustível no começo da tarde. No estabelecimento, a gasolina está sendo vendida a R$ 4,38 o litro.

O dono do posto Petrolino, localizado em Taguatinga Centro, precisou paralisar as atividades no estabelecimento por cerca de três horas nesta quarta, segundo os frentistas. Houve reabastecimento no começo da tarde e a distribuição está sendo normalizada, ainda de acordo com os funcionários. O produto sai por R$ 4,04 nas bombas.

Também em Taguatinga Centro, o Posto Nenen’s ficou 19 horas sem gasolina. Trabalhadores relatam que nessa terça (25), por volta das 12h, o fornecimento teve que ser interrompido e o posto só foi reabastecido às 7h desta quarta (26) — o valor é o mesmo do concorrente (R$ 4,04).

Em nota, a assessoria de imprensa do Ipiranga afirmou que houve restrição temporária no abastecimento de gasolina no Distrito Federal devido a problemas operacionais pontuais. “Contudo, já está sendo normalizado”, completou.

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