Rapaz diz que deu 11 tiros no rosto de menina em escola de Alexânia
O crime ocorreu na manhã desta segunda-feira (6/11) e o suspeito, segundo informações preliminares, teria sido preso
atualizado
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Uma adolescente foi assassinada na manhã desta segunda-feira (6/11), em Alexânia, cidade goiana a 88km de Brasília. O crime ocorreu dentro da Escola Estadual 13 de Maio. A vítima é Raphaella Noviski, 16 anos, e o suspeito, um jovem de 19.
Segundo o major Josmar Pedrosa, comandante da 34ª Companhia Independente da Polícia Militar de Alexânia, Misael Pereira foi encontrado do lado de fora do colégio. Ele pulou o muro da instituição de ensino e usou um revólver calibre .32 para matar Raphaella.
A delegada Rafaela Azzi, que cuida do caso, afirmou ao Metrópoles que Misael admite ter disparado 11 vezes contra o rosto da vítima. Ele usava máscara quando entrou na escola. Do lado de fora, Davi José de Souza, amigo da família de Misael, o esperava em um carro.
A investigadora acrescentou que o suspeito não demonstrou arrependimento. No interrogatório, segundo ela, o rapaz disse que havia tentado presenteá-la. “Ela não estaria dando moral a ele. Ou seja, indício de crime passional”, afirmou a delegada.
Segundo Rafaela Azzi, as investigações apontam que Davi foi conivente com a ação de Misael, embora alegue que desconhecia a intenção do rapaz. “O Davi afirma que já havia dado outras caronas a ele. Achou que essa era só mais uma”, destacou.
“Davi levou Misael até a escola, ficou parado no carro, ouviu os disparos e viu a correria dos estudantes. Tudo indica conivência”, avalia a delegada.
Misael não resistiu à prisão. Segundo a PM, ao ser abordado ao lado de Davi, parecia perturbado e dizia, o tempo todo, segundo o major Josmar, que sentia ódio da menina. O acusado não tem passagens pela polícia. Segundo informações preliminares, ele teria interesse em namorar Raphaella.
O crime ocorre 27 dias após outro ataque que marcou Goiânia, a capital do estado, e o país. No dia 20 de outubro, um estudante do colégio Goyases, no bairro Riviera, abriu fogo contra os colegas em sala de aula. Dois morreram e cinco ficaram feridos. O estudante disse que sofria bullying e que, por isso, disparou contra as vítimas.