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Patrão diz que suspeito de matar mãe e filhos é “funcionário exemplar”

Roupa de cozinheiro de um restaurante do DF foi levada para perícia. Polícia ainda não achou celular da vítima

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Casa de Águas Lindas
1 de 1 Casa de Águas Lindas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O principal suspeito de matar mãe e dois filhos em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, continua preso. Ex-namorado de Suzete dos Santos Reis, de 32 anos, o homem, de 45, teria sido a última pessoa a vê-la com vida, no Jardim Guaíra II. A roupa dele será periciada.

Os corpos de Suzete, de João Vitor dos Santos Fagundes, 6, e de Joyce Miranda Fagundes, 4, foram encontrados por familiares no domingo (11/3). À polícia, o acusado, que trabalha como cozinheiro em um restaurante de Águas Claras, disse ter passado na casa das vítimas para levar uma caixa de som, mas as deixou com vida.

O crime bárbaro intrigou a Polícia Civil de Goiás. A porta da casa estava trancada por dentro e não há sinais de arrombamentos. As autoridades trabalham com a hipótese de que o assassino tinha acesso à residência. O celular de Suzete ainda não foi localizado.

O dono do restaurante estava na porta da delegacia de Águas Lindas na manhã desta segunda-feira (12), tentando visitar o suspeito. “Estou torcendo para que não tenha sido ele. Sempre foi uma pessoa muito alegre, responsável. Sabíamos que gostava de beber, mas nunca apresentou nenhum comportamento violento”, disse o empresário, que preferiu não se identificar. Ainda de acordo com o proprietário do estabelecimento, o homem é funcionário exemplar.

O suspeito trabalha no restaurante dele há quatro anos. Ficava com as chaves do comércio. “Confio muito nele. Conversamos sobre alguns problemas que estava enfrentando. Terminou um casamento recentemente e, no domingo, dia em que foi preso, tinha acabado de sair de casa. Deixou a mulher. Eu mesmo o aconselhei para terminar esse relacionamento, que só fazia mal”, detalhou.

Ainda de acordo com o comerciante, o suspeito já fez comentários sobre Suzete. Dizia que tinha muito carinho por ela e a considerava como amiga. “Se ele for culpado, vai ter que pagar. Só não quero que cometam uma injustiça e coloquem um inocente na prisão. Vou, inclusive, me oferecer para contratar um advogado”, ressaltou.

O cozinheiro é dependente químico, mas agora seu único vício é a bebida, segundo o empresário. O homem conheceu Suzete em um bar de Águas Lindas e está detido no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) da cidade.

Cena de horror
A primeira pessoa a ver o corpo das vítimas foi o cunhado de Suzete, Edvaldo dos Santos Conceição, 46. “Abri a porta e fiquei chocado. As crianças eram muito apegadas a mim. Quase todo fim de semana, eu vinha para cá ficar com elas”, disse.

A cena era de horror. Havia muito sangue pela casa, segundo Edvaldo. “Vi primeiro o corpo do menino [João Vitor] e me assustei. Quando entrei no quarto, estavam Suzete e Joyce. Muito triste”, lamenta o cunhado. Mãe e filhos foram mortos a golpes de faca e tesoura.

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Edvaldo disse que o garoto estava na sala, com um cobertor sobre a cabeça. A mãe usava blusa e tinha a calcinha arriada até o joelho. Já a menininha foi encontrada nua. A polícia suspeita que as vítimas tenham sido violentadas sexualmente.

O cunhado disse ter tido sangue-frio para pegar sua moto e ir até a polícia relatar o crime. “Fui tremendo, desesperado. Estava bastante nervoso, mas consegui me conter”. Edvaldo prestou depoimento. Aguarda a solução do crime e a identificação do responsável. “Existe um suspeito. Estamos esperando a perícia. Espero que a justiça seja feita”, afirma.

Além das fotos dos familiares, Edvaldo diz que uma imagem impossível de esquecer é a das crianças quando ele chegava na casa delas. “Eu aparecia no portão e elas vinham correndo me abraçar. Essa cena vai ficar na memória”, garante.

A família aguarda a liberação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Formosa. O laudo que ajudará a esclarecer o crime deve ficar pronto em até 30 dias. Uma equipe da Polícia Civil vai voltar ao local do crime, nesta segunda (12), em busca de novas evidências.

Vizinhança estarrecida
A vizinhança está estarrecida. O assassino agiu em silêncio. A suspeita é que a família tenha sido morta na última sexta (9). Segundo um vizinho das vítimas, que não quis se identificar, ele notou o portão aberto. “Foi estranho, porque ela [Suzete] sempre trancava tudo”, ressaltou.

O homem disse ainda que não tinha muito contato com Suzete, pois ela era “bem discreta e reservada”. “Não ouvimos nenhum barulho ou pedido de socorro. Foi uma surpresa”, ressaltou o vizinho.

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