metropoles.com

MPGO pede afastamento de prefeito de Luziânia, acusado de assédio sexual

Cristóvão Tormin (PSD) é acusado de cometer assédio contra uma servidora da Prefeitura nos últimos seis anos

atualizado

Compartilhar notícia

Prefeitura de Luziânia/Reprodução
Cristovão Vaz Tormin (PSD)
1 de 1 Cristovão Vaz Tormin (PSD) - Foto: Prefeitura de Luziânia/Reprodução

Cristóvão Tormin  (PSD), atual prefeito de Luziânia (GO) – cidade no Entorno do Distrito Federal – foi alvo, novamente, de uma ação movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da 6ª Promotoria de Justiça do município. A acusação contra ele é a de improbidade administrativa, uma vez que ele é suspeito de ter cometido assédio moral e sexual contra uma servidora da prefeitura nos últimos seis anos.

O MPGO pede, em caráter de urgência, o afastamento de Tormin, bem como a indisponibilidade dos bens do réu no valor de R$ 2,6 milhões. O montante seria referente à multa civil de cem vezes o valor de sua remuneração, prevista na Lei de Improbidade Administrativa.

“Fatos objetivos induzem à conclusão pela necessidade de se garantir a ordem pública e a conveniência da instrução, sobretudo, em razão da gravidade do delito e da periculosidade do agente, por ser contumaz na prática de delitos de natureza sexual e em franca atividade de intimidação de suas vítimas”, diz o o MP ao sustentar o pedido de afastamento cautelar.

O afastamento do prefeito é solicitado em razão de uma ação penal movida pela Procuradoria-Geral de Justiça de Goiás em que constam outras vítimas, cujo processo criminal tramita perante o Tribunal de Justiça do Estado

Na ação, é detalhado que, além da vítima deste caso, pessoas ligadas a ela e outras possíveis vítimas foram igualmente intimidadas por Tormin, todas servidoras e ex-servidoras do município.

 

Segundo a ação, ao manter o réu à frente da administração municipal, principalmente por sua posição política no município, é forte o impacto negativo na população e ocasiona descrédito nas instituições públicas.

“Verifica-se que as condutas lascivas, indecorosas e não consentidas praticadas por Tormin, no exercício e por conta do cargo que ocupa, contra a vítima afrontam a Constituição Federal, maculando não só a dignidade sexual da vítima, mas também a moralidade administrativa do cargo de chefe do Poder Executivo municipal”.

O caso pode chegar Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e ao ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por se tratar de crime sexual envolvendo agente público no exercício da função.

Vídeo

O órgão solicita, ainda a exclusão de um vídeo hospedado no YouTube, no qual o prefeito se refere indiretamente à vítima, acusando a mulher de ser a responsável por seu afastamento do cargo, em fevereiro deste ano. Na ação, o MP requer, também, o bloqueio do compartilhamento do vídeo em todas as redes sociais.

No mérito da ação, é pedida a condenação de Cristóvão Tormin nas sanções previstas no artigo 11, da Lei de Improbidade Administrativa, além da imposição de reparação por danos morais coletivos em face da abusiva e inconstitucional conduta de Tormin.

O Metrópoles tentou contato com o prefeito, por meio de seu telefone celular, e com a Prefeitura de Luziânia, mas até a última atualização desta reportagem ninguém havia atendido as ligações. O espaço segue aberto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?