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Acusado de desviar dízimo, bispo de Formosa começa a ser julgado

A primeira audiência de instrução e julgamento do caso ocorrerá no município do Entorno do DF nesta quinta-feira (9/8)

atualizado

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Matheus Oliveira/Divulgação
Dom José Ronaldo (3)
1 de 1 Dom José Ronaldo (3) - Foto: Matheus Oliveira/Divulgação

Quase cinco meses depois de o Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrar a Operação Caifás, os acusados de desviar dinheiro de paróquias de Formosa se sentam no banco dos réus. Nesta quinta-feira (9/8), a partir das 8h30, o juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal do município do Entorno do Distrito Federal, realizará audiência de instrução e julgamento do bispo José Ronaldo Ribeiro e dos padres de igrejas da cidade.

O grupo é acusado de utilizar dinheiro arrecadado por fiéis a partir de doações, pagamento de dízimo e lucro de festas religiosas para custear despesas pessoais. Para dar aparente regularidade às finanças, segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público, eles apresentavam declarações falsas, promovendo a baixa na contabilidade. A audiência será aberta para a imprensa, contudo, não poderá ser filmada.

Operação Caifás
Dom José Ronaldo está no centro das denúncias do Ministério Público de Goiás contra a Diocese de Formosa. De acordo com os investigadores, ele seria o mentor do esquema criminoso. A suspeita é de que o grupo ligado ao religioso tenha desviado cerca de R$ 2 milhões da Igreja.

As investigações começaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis que desconfiaram das irregularidades, supostamente iniciadas em 2015. Entre as suspeitas, estava o fato de as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, terem passado de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que dom José Ronaldo assumiu o posto.

Além disso, segundo interceptações telefônicas, o grupo teria usado o dinheiro para comprar bens, como fazenda de gado, casa lotérica e veículos de luxo.

No total, nove pessoas foram presas na operação, deflagrada em 19 de março. O bispo de Formosa e outros seis religiosos foram soltos em 17 de abril.

A defesa dos envolvidos nega as irregularidades e declara a origem dos recursos como “fruto de muito trabalho dos padres”.

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