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Emoção na despedida do sargento Quezado. Amigos e familiares destacam dedicação do militar

PM morreu na noite de quarta-feira (24/2), no Sudoeste. Polícia investiga circunstâncias da morte

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
enterro do policial que
1 de 1 enterro do policial que - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A emoção marcou a despedida do sargento Daniel Quezado Amaro, que morreu na quarta-feira (24/2). Amigos e familiares lotaram o cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, nesta sexta (26), no enterro do policial militar. A palavra mais ouvida era “dedicação”.

Para os parentes, era a dedicação à família. “Minha mãe o chamava de anjo da guarda”, contou Ricardo Amaro, um dos seis irmãos do caçula Daniel, ou Dadá, como era chamado pelos mais próximos.

Já os amigos e colegas de profissão, ressaltaram a dedicação do militar à corporação, já que não media esforços para ajudar. “Ele fazia questão de acompanhar os casos. Houve vezes em que tirou dinheiro do próprio bolso para pagar o conserto de viaturas”, lembrou com um sorriso no rosto o sargento Marcus Valentim, que trabalhou junto de Quezado no Centro de Comunicação Social da PM por mais de cinco anos.

Dedicação também em aproximar militares da população por meio dos veículos de comunicação. “Aprendi muito com ele, a ter um bom relacionamento com a imprensa e tratar todos bem”, relatou o porta-voz da PM, capitão Michello Bueno. Opinião compartilhada por jornalistas que tiveram a oportunidade de trabalhar junto a Quezado.

Quezado estava lotado no 7° BPM (Cruzeiro/Sudoeste). Seus serviços ao DF foram lembrados pouco antes do sepultamento, pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Nunes. “O mínimo que podemos fazer é agradecer por tudo que ele fez pela família, pela cidade e pela corporação. Uma salva de palmas a Daniel”. Quezado deixou um filho e um neto, além da esposa, pais e seis irmãos.

Investigação
A morte do policial está sendo investigada pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). Na noite de quarta, ele foi encontrado com um tiro no peito dentro de casa, no Setor Sudoeste, onde morava com a mulher. Informações iniciais no dia do fato davam conta que ele teria disparado um tiro contra o próprio peito. Porém, a Polícia Civil não caracteriza o caso como suicídio, mas “em apuração”.

A delegada-chefe da DP, Cláudia Alcântara, explicou que aguarda o resultado das perícias e depoimentos. “Estamos tratando o caso com muita cautela. Chamou a atenção um disparo feito no sofá. Além disso, não é comum o fato de uma pessoa se matar com um tiro no peito”, afirmou. Os investigadores pediram um exame para ver se Quezado tinha pólvora na mão.

 

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