Em protesto, mulheres pedem justiça após feminicídio de Evelyne Ogawa
Com balões, camisetas e faixas, as ativistas se manifestaram em Samambaia pedindo punições mais duras para esse tipo de crime
atualizado
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Mulheres protestaram, nesta quinta-feira (1º/4), em Samambaia, contra o assassinato da radialista Evelyne Ogawa, de 38 anos.
A jovem comunicadora foi vítima de feminicídio. Ela acabou estrangulada por um fio pelo marido em 26 de março deste ano. As manifestantes cobraram por justiça e a revisão da legislação com penas mais duras para os assassinos.

Manifestantes protestam contra morte de radialista e outras vítimas de feminicídio no DF Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Na ocasião, ativistas cobraram leis mais severas contras os agressores Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Manifestação de ativistas contra feminicídio no dia 1° de abril Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Além da questão legal, grupo também alerta para a falta de ações preventivas Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Na avaliação das ativistas, o crime do feminicídio tende a piorar no DF, caso nada seja feito Arthur Menescal/Especial Metrópoles
O grupo adotou protocolos de segurança sanitária contra a pandemia de Covid-19 durante o ato. Em uma grande faixa, escreveu: “Parem de nos matar” e “Feminicídio, não”.
A presidente do Instituto Mulheres Feminicídio Não Apoio à Mulher Empreendedora, Lúcia Erineta, foi uma das organizadoras do protesto.
Desde de 2019, Lúcia organiza protestos contra o feminicídio vestida de “Mulher Maravilha de Brasília”. “A Evelyne foi a sexta vítima de Brasília neste ano”, afirmou.
Lúcia conhecia Evelyne. “Ela tinha me convidado para uma entrevista na rádio. Não deu tempo”, contou. “Endurecendo mais legislação, talvez os agressores vão pensar duas vezes antes de cometer o crime”, explicou.
Crueldade
Cláudia Regina, assistente social do Instituto Social do Distrito Federal, partilha da visão de Lúcia. “A Lei precisa ser modificada, atualizada. Os crimes estão ficando mais cruéis. Esse ato foi um grito de socorro”, alertou.
Segundo Cláudia, grande parte dos processos ligados ao feminicídio acabam vinculados a questões de honra. “Não é o correto. Devem seguir a crueldade. Todo caso tem que ser analisado de acordo com a crueldade”, sugeriu.
Para Cláudia, as ações preventivas e educativas contra o feminicídios estão aquém do necessário para assegurar a prevenção e a conscientização da população.

Lauridete Ishiyama Ogawa, mãe de Evelyne Ogawa Hugo Barreto/Metrópoles

O clima foi de dor e revolta no enterro de Evelyne Hugo Barreto/Metrópoles

Família aguarda a condenação do assassino Hugo Barreto/Metrópoles

Vinícius usou um fio para matar a radialista Reprodução/Redes sociais

O casal estava junto há três anos Reprodução/Redes sociais

Evelyne Ogawa era radialista Reprodução/Redes sociais

Reprodução/Redes sociais

Família disse que ela não falava sobre violência em casa Reprodução/Redes sociais