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Utilização de criptomoedas é discutida em disciplina da UnB

O objetivo é debater os impactos da tecnologia subjacente às criptomoedas, conhecida por “blockchain”, em startups e até no serviço público

atualizado

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Portal do Bitcoin/Divulgação
Bitcoin é a moeda digital mais usada no mundo
1 de 1 Bitcoin é a moeda digital mais usada no mundo - Foto: Portal do Bitcoin/Divulgação

As criptomoedas serão tema de uma disciplina da Universidade de Brasília (UnB). O mecanismo para assegurar a validade das transações virtuais e até a criação de novas unidades de moedas será colocado em discussão por uma equipe multidisciplinar formada por professores de direito e de ciência da computação.

De acordo com a ementa, a discussão gira em torno dos impactos da tecnologia subjacente às criptomoedas, conhecida por “blockchain”, em startups de serviços financeiros, fintechs, e nos serviços públicos. Um dos docentes responsáveis pela matéria, Ricardo Paixão explica que o curso tem, entre outras metas, gerar mão de obra capacitada para atuar no ambiente acadêmico e no mercado.

Além de Ricardo Paixão, integram o grupo de professores da disciplina os professores Henrique Araújo Costa e Alexandre Gomes.

O objetivo direto é possibilitar aos alunos de vários cursos um centro de apoio, o Grupo Direitotec, para discutir assunto. O indireto é gerar incentivos para que Brasília se torne um centro de referência nessa área, o que vem ao encontro de programas do GDF

Ricardo Paixão, professor da Faculdade de Direito da UnB

As criptomoedas são abordadas em salas de aula mundo afora. Instituições de ensino como Carnegie Mellon, Cornell, Duke, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Maryland colocam em debate a Bitcoin e a tecnologia de manutenção de registros que ela introduziu, a blockchain. 

As inscrições para integrar a lista de alunos da disciplina na UnB estão abertas, por meio do link: http://aws04.lexana.com.br:8882/blockchain/matricula.html. As aulas estão previstas para começar em 9 de março e devem ocorrer todas as sextas, das 19h às 22h30.

Ricardo Paixão destaca que o evento de abertura contará com a presença de Gustavo Chamati, fundador e sócio da Mercado Bitcoin, a maior corretora de criptomoedas do Brasil. A palestra é gratuita e aberta.

Riscos
Embora tenham se popularizado como uma forma de lucrar, as moedas virtuais têm sido objeto de golpes. No ano passado, por exemplo, a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), deflagrou a Operação Patrick, na qual os alvos eram sócios e diretores da Wall Street Corporate, que supostamente movimentou R$ 250 milhões. Cerca de 40 mil pessoas teriam investido e podem ter sido lesadas.

Os suspeitos criaram a Kriptacoin no fim de 2016 e, a partir de janeiro de 2017, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro nela. A organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.

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