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Procon-DF encontra variação de até 1.700% no preço do material escolar

O órgão pesquisou valores de 20 itens escolares em 41 papelarias de várias regiões administrativas, de 8 a 12 de janeiro

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
material escolar compras lapis
1 de 1 material escolar compras lapis - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Fiscais do Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) pesquisaram preços de 20 itens escolares em 41 papelarias do DF de 8 a 12 de janeiro. Foram encontradas variações de 327% nos valores da lista completa. Analisando produtos em separado, a diferença chegou a 1.700%

O preço da borracha pequena (branca com capa plástica), por exemplo, variou entre R$ 0,70 e R$ 11,90. Já o do lápis preto nº 2 foi de R$ 0,19 a R$ 8,90. Um apontador de lápis foi encontrado por valores entre R$ 0,20 e R$ 23,90. O caderno de 10 matérias (capa dura de 200 folhas) está sendo vendido de R$ 5,99 a R$ 48,50.

Segundo o diretor de Fiscalização do Procon, Nivaldo Sá, o resultado da operação reforça o que o instituto sempre orienta: planejamento e pesquisa. “Se o consumidor fizer uma boa pesquisa de preço, ele consegue gastar em média três vezes menos na lista de material escolar.”

Das papelarias que apresentaram todos os itens da lista de material, a mais cara está na Asa Sul, com o valor total dos produtos em R$ 246,30. Já a mais barata fica em Sobradinho, com o elenco somando R$ 75,30.

Veja a lista de preços elaborada pelo Procon-DF. Foram pesquisados estabelecimentos na Asa Sul, Asa Norte, em Planaltina, Sobradinho, Taguatinga, no Sudoeste, entre outras cidades.

Planilha de preços 2018 by Metropoles on Scribd

 

Internet
Quem quiser economizar, deve deixar a pressa de lado e garimpar com cautela. A internet pode ser uma grande aliada. A advogada Karine Almeida, 41 anos, saiu às compras mais de um mês antes do início das aulas do filho, Eduardo Almeida, 6. Desde então, ela faz levantamento dos produtos com o melhor custo-benefício. “Os livros eu compro pela internet há alguns anos, pois encontro valores mais em conta”, revela.

Além das lojas virtuais, Karine recomenda outra artimanha na web: os grupos em redes sociais. “Eu participo de alguns no Facebook e no WhatsApp, em que as mães pesquisam preços e compartilham os locais onde os encontraram mais em conta”, relata.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF), José Aparecido da Costa, faz coro e salienta a importância de pais e mães se anteciparem nas compras: “Aconselhamos os pais a comprarem o material logo, pois o investimento é menor neste período [dezembro]. Se tentarem no fim de janeiro e faltar item, poderão pagar até 8% mais caro depois”.

José Aparecido prevê preços dos itens básicos de 3% a 4% mais altos em comparação ao mesmo período de 2017. Isso porque houve o reajuste anual em agosto. Ele também projeta baixa variação nos custos dos livros e destaca que as novas edições devem chegar às prateleiras apenas nas primeiras semanas de janeiro com valores ainda desconhecidos pelos varejistas.

Economia
Metrópoles comparou preços dos livros vendidos em lojas virtuais e papelarias. Um deles, do 1º ano do ensino fundamental, é vendido a R$ 245 em três estabelecimentos. Na internet, um exemplar custa R$ 225. Outra obra estava cotada em R$ 239 nas lojas físicas. Na web, é encontrada a R$ 219.

“Parece pouco R$ 20 a menos. Mas, se em cada livro houver desconto dessa proporção, o consumidor terá uma economia grande no fim das compras”, afirma o economista Mário Figueira. “A pessoa pode, inclusive, comprar a maior parte deles em uma só loja virtual para pagar poucas taxas de frete”, acrescenta.

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