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Greve de caminhoneiros: comércio e turismo do DF perdem R$ 312 milhões

Sindhobar estima queda de 40% no faturamento, somente em bares e restaurantes da capital

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Prejuízo comércio caminhoneiros
1 de 1 Prejuízo comércio caminhoneiros - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O resultado da greve dos caminhoneiros para os setores de hotelaria e gastronomia do DF foi desastroso: em toda a cadeia de turismo e entretenimento da capital, a estimativa é de uma perda de R$ 220 milhões no faturamento, somente no último fim de semana. Ao valor, somam-se os R$ 92,5 milhões anunciados anteriormente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em levantamento da Fecomércio-DF. Até o momento, as áreas somam R$ 312,5 milhões de prejuízo no Distrito Federal.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (29/5), os presidentes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF), Rodrigo Freire, e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-DF), Adriana Pinto, apresentaram números preocupantes: somente no setor de bares e restaurantes, em pesquisa feita com cerca de 200 estabelecimentos da capital, houve redução de 40% no lucro – cerca de R$ 80 milhões.

“A área de alimentação sofreu muito com esse alarde gerado pela greve. No caso das franquias, o desabastecimento foi desastroso, muitas ficaram sem produtos. Mas acredito que muito disso tem a ver com o pânico gerado na população, as pessoas só saíram de carro em casos de emergência”, analisou Freire. Segundo ele, estabelecimentos próximos a áreas mais habitadas, como é o caso de comércios das entrequadras, sentiram menos os impactos.

A queda de ocupação em hotéis também foi considerável: 5 mil reservas foram canceladas no período. A baixa foi causada por visitantes que não conseguiram embarcar em voos para Brasília e aqueles temerosos de viajar em meio à crise. Embora o movimento no Distrito Federal seja consideravelmente menor nos finais de semana, quando a movimentação política é reduzida, houve queda de 30% no aluguel de quartos.

De acordo com Adriana, boa parte dos eventos corporativos marcados nos hotéis de Brasília também foi cancelada. “É claro que a situação tende a voltar ao normal. Tivemos um cenário de muita insegurança nessa última sexta [25], e isso foi arrefecendo com a passagem dos dias. Minha expectativa é que a crise se resolva em breve e as pessoas voltem a visitar a cidade após o feriado”, comentou.

Apesar de o impacto sobre o setor ter sido grande, os presidentes das associações acreditam que os danos foram menores graças a algumas medidas. “Aqui em Brasília, ao contrário de outras capitais, nosso setor não teve problemas de lavanderia, que é um serviço importantíssimo para a área”, ressaltou Adriana.

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