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Dono de ônibus que tombou e matou 5 no DF tentou despistar escolta

Alexandre Henriques Camelo dirigia carro particular na BR-070 e queria atrapalhar a fiscalização da ANTT de acompanhar o transporte pirata

atualizado

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foto colorida de acidente com ôninus na BR-070, em Ceilândia, no DF - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de acidente com ôninus na BR-070, em Ceilândia, no DF - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metropoles

O dono da empresa de transporte de turismo responsável pelo veículo que tombou na Rodovia BR-070 matando cinco pessoas e deixando 17 feridos, na noite desse sábado (21/10), tentou despistar o ônibus durante a escolta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela investigação do caso, Alexandre Henriques Camelo dirigia um carro particular na via e queria atrapalhar a fiscalização de acompanhar o transporte pirata.

De acordo com a corporação, quem conduzia o ônibus era Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, filho de Alexandre Henrique. Em depoimento na delegacia, porém, Alexandre informou que era ele quem conduzia o ônibus no momento em que o veículo derrapou e tombou, o que foi desmentido por passageiros. Ambos responderão por homicídio doloso continuado, com dolo eventual. A audiência de custódia deles estava prevista para ocorrer na manhã desta segunda-feira (23/10).

A ocorrência registrada na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) seguiu para a 17ª DP (Taguatinga Norte), onde o inquérito será conduzido. De acordo com o delegado-chefe Mauro Aguiar, o motorista do ônibus estava sendo escoltado pela fiscalização da ANTT e tentou fugir em alta velocidade na BR-070.

“O Alexandre queria livrar o ônibus da escolta. Foi para o posto da PRF após saber que o transporte de turismo tinha sido parado. Durante a escolta, ele entrou no meio, entre o ônibus e o veículo da ANTT, com um carro particular. Ele mandou o filho acelerar e ir embora, que ele tentaria segurar a escolta para trás”, conta o delegado.

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Inicialmente a informação era de que haviam sete mortos, como consta no boletim de ocorrência registrado na PCDF – sendo que dois não haviam sido identificados. No entanto, o delegado que investiga o caso informou que há cinco óbitos confirmados: quatro tiveram morreram ainda no local do acidente e uma, no hospital.

Veja o nome das vítimas:

1. Maria Eliete Gomes da Silva, 57 anos;
2. João Freire de Sousa, 57 anos;
3. Maria de Deus Fernandes Crateus, 64 anos;
4. Francisco Ferreira da Silva, 71 anos;
5. Claudia Maria Moreira, 49 anos.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) atualizou, no início da tarde de domingo (22/10), o estado de saúde dos sobreviventes do grave acidente.

Segundo a SES-DF, 11 pessoas foram levadas aos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e de Ceilândia (HRC), entre elas, os cinco pacientes internados no HRC seguem estáveis. Outros três pacientes estão internados no HRT e apresentam estabilidade em seus quadros de saúde.

Uma paciente morreu, ainda na noite de sábado, no HRT. O Metrópoles apurou que trata-se de Maria Eliete Gomes da Silva, 57 anos. Na unidade, permanecem em estado grave duas pessoas e outras três estão em observação.

O Hospital de Base recebeu oito passageiros feridos no grave acidente, segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela unidade. Um deles estava em estado grave e permanece internado. Os demais tiveram alta.

O acidente

O veículo atuava de forma clandestina e fazia o trajeto Maranhão-Brasília. O motorista foi abordado por fiscais da ANTT no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, pouco depois de Águas Lindas de Goiás, onde passou por vistoria. Na ocasião, ficou constatado que se tratava de transporte pirata.

Os fiscais da ANTT, que já estavam acompanhando o ônibus, iniciaram a escolta do veículo até o terminal rodoviário mais próximo. O combinado seria que o motorista deixasse os passageiros na Rodoviária de Taguatinga e que providenciasse transporte regular para que todos seguissem viagem até os respectivos destinos.

Momentos antes do acidente, o motorista acelerou o ônibus, na intenção de fugir dos fiscais da agência reguladora. Com a pista molhada pela chuva e pneus carecas, o condutor perdeu o controle. O ônibus derrapou e tombou, logo em seguida.

 

 

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