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Distrito Federal tem a segunda maior expectativa de vida do país, com média de 77,6 anos

Pesquisa do IBGE aponta que o brasiliense vive cerca de dois anos a mais que a média nacional. Especialista acredita que o fenômeno esteja relacionado a fatores econômicos e ao acesso à saúde, além da busca por hábitos saudáveis

atualizado

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Exatos 75,2 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a expectativa de vida média de um brasileiro. E o Distrito Federal não fica para trás. A Tábua Completa de Mortalidade, divulgada nesta terça-feira (1º/12) pelo órgão, indica que os brasilienses vivem cerca de dois anos a mais do que a média nacional, chegando aos 77,6 anos. A capital só é superada pelo estado de Santa Catarina, com expectativa de 78,4 anos.

Segundo Séfora Almeida, clínica médica e pneumologista do Grupo Santa, os índices estão altamente relacionados aos fatores econômicos e aos padrões de vida em Brasília, que tem uma qualidade de vida superior à de muitas regiões do país. “Pode-se ver que a capital está frequentemente entre as rendas per capitas mais altas do país. Em Brasília, as pessoas têm mais acesso à saúde. Até por termos muitos servidores públicos aqui, o plano de saúde é algo bem comum, o que influencia bastante na expectativa de vida”, analisa. Nessa equação, ainda entram comportamentos como a preocupação com a alimentação e a prática de exercícios.

As pessoas estão cada vez mais preocupadas com os hábitos alimentares e o bem-estar. Além disso, a medicina está evoluindo e proporciona chances maiores de detectar mais cedo algo grave que poderia resultar em morte

Séfora Almeida, clínica médica e pneumologista

Seguindo o padrão dos índices nacionais, por aqui as mulheres costumam viver mais tempo do que os homens. São 81 anos, em comparação aos 73,8 vividos por pessoas do sexo masculino. “De um modo geral, as mulheres se cuidam mais que os homens. Elas procuram mais exames de prevenção, por exemplo”, explica a médica.

Número de médicos por habitante
Mas nem só o poder aquisitivo tem influência na longevidade dos brasilienses. Hoje, a quantidade de médicos disponíveis na capital é a maior do país. Dados da pesquisa Demográfica Médica no Brasil, divulgada na segunda (30/11) pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), aponta o DF como a unidade da Federação que tem mais médicos por mil habitantes: são 4,28 profissionais, média superior à nacional, de 2,11 profissionais por mil habitantes.

O estado do Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 3,75, seguido de São Paulo, com 2,7 médicos por mil habitantes. No outro extremo, estão estados do Norte e do Nordeste, com menos de 1,6 médico por mil habitantes — regiões que também apresentam os dois menores índices de expectativa de vida registrados no Brasil.

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