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DF tem mais de 2 mil pessoas expostas a perigos geológicos. Veja regiões

A classificação do estudo é dada a setores que estão sujeitos a processos de erosão, deslizamentos, inundações e enxurradas

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Marginal da EPTG próximo ao viaduto Israel Pinheiro,  com muita lama e pedaços do asfalto arracados pela enxurrada durante a chuva. Fotos Igo Estrela
1 de 1 Marginal da EPTG próximo ao viaduto Israel Pinheiro, com muita lama e pedaços do asfalto arracados pela enxurrada durante a chuva. Fotos Igo Estrela - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Cerca de 2,1 mil moradores do Distrito Federal estão em áreas consideradas de risco geológico, segundo estudo elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Esta classificação é dada a setores que estão sujeitos a processos de erosão, deslizamentos, inundações e enxurradas.

As Regiões Administrativas selecionadas para o estudo foram: Planaltina, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Sobradinho II, Vicente Pires, Fercal, Sol Nascente e Pôr do Sol e Arniqueiras. No total, 20 setores foram classificados em risco alto e outros dois em risco muito alto. São 525 imóveis.

A cidade que mais preocupa é Sobradinho II, com cinco áreas de risco: três categorizadas como risco alto e duas como risco muito alto. Já Planaltina apresenta, aproximadamente, 416 pessoas e 104 imóveis situados em áreas de risco, o maior número registrado.

Além destes 22 setores, o relatório também mostra 76 pontos para monitoramento ou observação contínua, aqueles categorizados como risco médio ou baixo. “Esses setores devem ser sempre monitorados. Se não for feito o acompanhamento, pode evoluir para risco alto ou muito alto”, diz Tiago Antonelli, chefe da Divisão de Geologia Aplicada do SGB.

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Todos os locais analisados, exceto o Núcleo Bandeirante, apresentam predominância de movimentos gravitacionais de massa, com a presença comum de trincas e rachaduras em pisos, paredes de casas sobre aterros, além de muros embarrigados. “Agora, com o governo do DF sabendo desses problemas, deve fazer obras de intervenção e, em último caso, retirar as famílias desses lugares”, explica Tiago.

Conclusões do estudo

A análise realizada no primeiro semestre de 2022 pelos pesquisadores em Geociências, Deyna Pinho e José Antônio da Silva, contou com o apoio da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das Administrações Regionais. O estudo conclui que o cenário atual é resultado da expansão urbana.

Em determinados locais, a expansão urbana ultrapassou áreas dos topos de planaltos e começou a ocupar regiões de cristas, encostas e rebordos erosivos, originando risco alto de deslizamento, bem como nas áreas de planícies de inundação, próximas aos rios e córregos, ocasionando risco alto de inundação. “O ideal é que o governo fiscalize, não deixando que áreas fora do plano diretor das cidades sejam ocupadas”, destaca o pesquisador.

Sendo assim, os estudiosos avaliam que “se as medidas preventivas, institucionais e de intervenções sugeridas no presente relatório não forem atendidas, poderá haver, em um cenário futuro, uma explosão de setores de alto e muito alto risco em todo o Distrito Federal”.

Os resultados completos podem ser conferidos clicando neste link.

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