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DF não tem previsão para iniciar vacinação de crianças de 5 a 11 anos

Segundo o secretário de Saúde do DF, ainda é “prematuro” fazer qualquer previsão de datas

atualizado

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Gustavo Alcântara/Metrópoles
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1 de 1 vacinação - Foto: Gustavo Alcântara/Metrópoles

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, nesta quinta-feira (16/12), que ainda não tem data para iniciar a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A pasta adiantou, no entanto, que trabalha com um público de cerca de 268 mil nessas faixas etárias que estão dentro deste novo público-alvo da imunização.

Conforme disse o chefe da pasta, general Pafiadache, em coletiva de imprensa, o DF aguarda as diretrizes vindas do Ministério da Saúde. “É prematuro falar em qualquer tipo de atitude. Estamos muito alinhados com o PNI [Plano Nacional de Imunização] e vamos esperar para saber o que fazer e quando fazer”, afirmou.

Anvisa determinou série de protocolos

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, aprovada nesta quinta-feira (16/12) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguirá uma série de protocolos para garantir que a imunização desta faixa etária seja segura.

De acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Além disso, a dosagem do imunizante será especial, de apenas 3 microgramas. Para adultos, o volume é de 10 microgramas.

O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que, mesmo com a diminuição da dosagem, a proteção contra a Covid segue garantida para as crianças.

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“Comparando crianças de 5 a 11 anos com pessoas de 16 a 25 anos, com a dosagem diferente, a gente observou que existe a mesma quantidade de anticorpos neutralizantes. A vacina tem um desempenho importante na geração de anticorpos nessa população”, afirmou Mendes.

Ele também pontuou que há presença “significativa” de anticorpos contra a variante Delta, mas que o surgimento de novas mutações do coronavírus deve ser observado para aprimorar o imunizante.

De acordo com Suzie Marie, coordenadora da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, a maior parte dos eventos adversos relatados na aplicação da vacina em crianças é sem gravidade.

Suzie frisou que os benefícios do imunizante superam os riscos, e pediu que os pacientes e os gestores de saúde estejam atentos aos possíveis efeitos adversos, que devem ser comunicados à agência.

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Início da vacinação

Apesar da autorização da Anvisa, divulgada nesta quinta, ainda não há expectativa para o início da imunização de crianças no Brasil. Cabe ao Ministério da Saúde adquirir doses para este público e incluí-lo no Programa Nacional de Imunização contra a Covid.

Em nota divulgada à imprensa nesta semana, a Pfizer afirmou que o contrato mais recente firmado com o governo federal, para compra de 100 milhões de doses em 2022, permite a modificação das vacinas para diferentes faixas etárias.

Na prática, caso o Ministério da Saúde decida incluir as crianças no PNI no próximo ano, a farmacêutica poderá fornecer doses específicas para este grupo, seguindo o acordo firmado com o governo. No entanto, nenhuma vacina com dosagem especial foi enviada ao Brasil até o momento.

“O terceiro contrato assinado com o governo brasileiro no dia 29 de novembro de 2021 para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para o ano de 2022 também inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde”, informou o laboratório.

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