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DF: ferida em acidente no Réveillon, jovem não consegue vaga em UTI

Mesmo com decisão judicial, Instituto Hospital de Base (IHB) alega não haver vagas e família recorreu à Defensoria Pública

atualizado

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1 de 1 natcapa - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A família de Nathália Silva de Azevedo, 24 anos, atendente de uma casa de intercâmbio, passa por momentos de angústia. A jovem está internada no Instituto Hospital de Base (IHB) em estado grave desde o dia 1º de janeiro. Nathália precisa de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com urgência, mas não há vagas. Os familiares recorreram à Defensoria Pública do Distrito Federal para conseguir um leito. A decisão do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública do DF determinou que a paciente seja transferida imediatamente, mas até a última atualização deste texto, o GDF não havia cumprido a medida.

No primeiro dia de 2019, Nathália estava na BR-070 a caminho de Ceilândia, onde vive. Ela era passageira de um carro dirigido por seu marido e estava acompanhada dos irmãos e do filho de 2 anos. A mulher tirou o cinto de segurança por breves instantes para ajustar a cadeirinha da criança, e justamente neste momento o carro colidiu contra outro veículo.

O automóvel em que Nathália estava capotou várias vezes e a atendente foi arremessada para fora da janela. Como consequência, sua cabeça se chocou contra uma barragem próxima na estrada.

Segundo informações de Mirela Cristina da Silva, 34, irmã de Nathália, a família já realizou todos os procedimentos legais a fim de tentar uma vaga na UTI. Ela corre risco de morte: está internada com o crânio aberto e chegou a ter coágulos no cérebro.

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“A gente acha que nunca vai acontecer nada parecido conosco, mas não é assim. Agora, precisamos que ela vá para uma UTI”, diz Mirela. “Não podemos esperar mais. É um direito nosso, então, por que temos que implorar por isto? Não temos condições de arcar sozinhos com os custos.”

A Secretaria de Saúde informou, em nota, que a paciente está recebendo assistência, mas admitiu a falta de leitos em UTI. “Ela foi inserida na Central de Regulação para internação em leito de UTI. Até o momento não surgiu vaga que atenda às necessidades clínicas da paciente. A regulação faz buscas ativas, em toda a rede, durante as 24 horas do dia”, diz o texto.

Falta de vagas
Não é a primeira vez que a falta de estrutura da rede pública de saúde do Distrito Federal afeta pacientes em condições delicadas. A família de Joaquim José da Costa Pereira, 65 anos, que estava internado no IHB, também recorreu à Defensoria Pública em outubro de 2018.

Segundo informações da empresária Ana Carolina Leite, 22 anos, nora de Joaquim, o sogro deu entrada na emergência do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) no dia 30 de agosto, após sofrer um AVC hemorrágico. Dois dias depois, ele foi transferido ao IHB, após uma piora no quadro, sendo submetido a uma cirurgia craniana.

“Desde então, começou a nossa angústia. Após a cirurgia, ele ficou internado por cinco dias na UTI neurológica e depois foi para um quarto de enfermagem. Ele precisou retornar à UTI por uma negligência médica e, quando voltou para o quarto, descobrimos que havia sido contaminado por superbactéria KPC”, relata Ana Carolina.

 

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