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DF: em ação contra derrubada, bebê passa mal e mulher fica ferida no olho

Acionada, a Polícia Militar atua no local com outras forças de segurança para a retirada dos invasores. O bebê foi atendido pelo CBMDF

atualizado

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Invasão MPR
1 de 1 Invasão MPR - Foto: Reprodução

Moradores de invasão na QNR 6, em Ceilândia Norte, fazem protesto, na manhã desta sexta-feira (7/10), contra a derrubada das construções irregulares no endereço. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), 80 barracos foram erguidos no local desde a última sexta (30/9).

No decorrer da ação, um bebê chegou a passar mal com a fumaça de gás lacrimogêneo, mas foi atendido pelos bombeiros e liberado. Uma Defensora Pública do Distrito Federal que acompanhava a ação com um colega acabou atingida no olho durante o confronto. Ela procurou atendimento médico. Não foram divulgadas mais informações sobre o estado de saúde da mulher.

A manifestação começou nas primeiras horas do dia. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está no local juntamente com outras forças de segurança para a retirada dos invasores. Tratores da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) estão na região a fim de atuar nas derrubadas das construções ilegais.

O Metrópoles apurou que a Defensoria Pública tentou organizar acordo entre os ocupantes para passar prioridades à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) no intuito de incluir famílias em situação de vulnerabilidade na lista de habitação da Codhab.

Com a resistência por parte dos moradores, a PMDF precisou agir. Houve disparos de balas de borracha e bombas de efeito moral. A cavalaria também atuou no local.

O Movimento de Resistência Popular (MPR) informou, por meio de nota, que soube na manhã desta sexta-feira (7/10) da intenção de desocupação do terreno da QNR por parte do GDF, inclusive com ameaça de retirada das famílias da lista da Codhab, caso participassem da ocupação.

“As famílias naquele terreno protestam justamente pela falta de uma política habitacional efetiva do GDF, principalmente para as faixas de renda de até dois salários mínimos. Protestam pelo fato de que tarda muito a construção da nova quadra da QNR, e que, inclusive, cooperativas com práticas abusivas e sem transparência ligadas a figuras do GDF têm cobrado valores absurdos para que, supostamente, as famílias possam entrar na lista da Codhab para conseguir entrar no programa habitacional para aquela região”, assinalou o MPR.

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