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DF: agentes penitenciários marcam assembleia e visitas são canceladas

Para evitar greve, categoria pede reformulação da carreira, contratação de pessoal e trabalho para os detentos do sistema prisional do DF

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
agente penitenciario
1 de 1 agente penitenciario - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF) convocou para esta quarta-feira (03/07/2019) uma assembleia com indicativo de greve. Visitas e atendimentos com advogados marcados para este dia serão reagendados. A categoria possui uma extensa pauta, com 35 reivindicações, a maioria relacionada à reformulação do plano de carreira.

Caso o governo não apresente uma proposta aos servidores do sistema penitenciário, será posta em votação a possibilidade de greve, o que acabaria afetando as visitas dos detentos, ponto sensível das unidades prisionais e estopim de rebeliões, como classifica o presidente do Sindpen, Paulo Rogério da Silva.

“[O sistema prisional] É um barril de pólvora. Hoje, operamos com mais do que o dobro da metade de vagas e menos da metade do número de agentes. O recomendado é um agente para cada cinco presos. Hoje, temos um para cada 17. Nos plantões, é um para 300. Se esse barril estourar, vai acontecer o mesmo que no Amazonas”, alertou Silva, em referência aos massacres em presídios do Amazonas e outros estados no Norte do país.

Atualmente, segundo o dirigente sindical, há 1,7 mil agentes penitenciários no DF, com estrutura para comportar 3 mil. “Precisamos, pelo menos, de mais 1,3 mil”.

Outra reivindicação do Sindpen é o investimento em ressocialização. Pelos cálculos do sindicato, ao menos a metade dos detentos do DF estão em condições de trabalhar, mas não há quem ofereça profissionalização, nem agentes de segurança suficientes para o monitoramento desses presos em trabalhos externos. “Costurar bola não é trabalho, artesanato não é trabalho, o cara que entrar lá tem que sair torneiro mecânico, com um curso, com qualificação”, critica Silva.

Além de melhorias das condições de trabalho, a categoria pede aumento no tíquete-alimentação, concessão de vale-transporte e pagamento de insalubridade no grau máximo. “Estamos há cinco anos sem reajuste e nosso salário está 45% defasado”, reclama.

Conforme o presidente do Sindpen, dos 290 aprovados no último concurso público que foram convocados recentemente, apenas 150 assumiram o cargo. “A carreira deixou de ser interessante, a profissão é perigosa e, às vezes, já passaram em concurso melhor”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e o espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

 

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