Ao todo, 125 sequenciamentos da variante Ômicron da Covid-19 foram identificados no Distrito Federal. De acordo com a Secretaria de Saúde, a nova variante é mais transmissiva, porém menos letal que as outras formas do vírus. Apesar da explosão de casos no início do ano e sobrecarga nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a pasta ainda não registrou nenhum óbito por conta da nova cepa.
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20/1), a pasta informou que o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (LACEN-DF) identificou 96 sequenciamentos da variante, enquanto os outros 29 foram analisados pelo Hospital da Criança do DF.
A secretaria também divulgou o registro de 886 casos de “flurona”, quando um paciente é identificando, ao mesmo tempo, com cargas virais da Covid-19 e da Influenza. Em 2022, os casos de Influenza A atingem a marca de 15.806. Destes, 226 são subtipados como H3N2.
Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupaçãoAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momentoGetty Images

Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápidoPeter Dazeley/ Getty Images

Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadasUwe Krejci/ Getty Images

Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemploPixabay

O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírusGetty Images

A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissívelGetty Images

A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humanoAndriy Onufriyenko/ Getty Images

De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou DeltaAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova varianteGetty Images

De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixaGetty Images

Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamenteMorsa Images/ Getty Images

No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da SaúdeMorsa Images/ Getty Images

Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadasAndriy Onufriyenko/ Getty Images

A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventiladosJuFagundes/ Getty Images
Ocupação de UTIs
Mais cedo, o Metrópoles mostrou que a taxa de ocupação de UTIs Covid-19 está em 72% na rede pública de saúde do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (20/1). Dos 75 leitos existentes, 55 estão ativos e, desses, 40 encontram-se ocupados. Quinze estão vagos.
Das UTIs para adulto, há 76% preenchidas. As pediátricas estão em 25%. Nessa quarta, a taxa de ocupação chegou a 95,12%.
Às 19h25 de quarta-feira, após mobilização da Secretaria de Saúde diante do aumento expressivo de novos casos de Covid-19 na capital federal, com a inclusão de nove leitos no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), o índice caiu para 74,55%.
Os números constam no informativo da Secretaria de Saúde do DF, atualizados diariamente.
Veja:
A rede pública conta, ainda, com unidades de cuidados intermediários (UCIs). Há, no total, 45 leitos do tipo ativos no DF. Desses, 29 estão ocupados e 16, vagos, totalizando taxa de ocupação de 64,44%.
Dos 100 leitos em enfermarias públicas do DF, 80 estão ocupados e 20, vagos: 80% é a taxa de ocupação.
Rede privada
Na rede privada, dos 137 leitos abertos, 71 estão ocupados e 54, vagos. A taxa de ocupação total de leitos está em 57,72% nos hospitais particulares da capital federal.