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Covid faz expectativa de vida no DF cair até 3 anos, aponta UnB

Estudo vinculado à UnB fez um levantamento de dados de acordo com a mortalidade por região administrativa durante a pandemia

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Coronavirus Rodoviaria do plano piloto
1 de 1 Coronavirus Rodoviaria do plano piloto - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um estudo vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), o ObservaDF, aponta para a redução entre 1 e 3 anos na expectativa de vida do brasiliense devido os impactos da pandemia da Covid-19.

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Mulheres com maior poder aquisitivo passaram a ter expectativa de 83 anos, em 2021. Já as de baixa renda, aproximadamente, 76 anos. Para os homens moradores de regiões periféricas, o indicativo é de 69 anos — oito anos a menos dos que moram em áreas nobres.

Como a Covid age no organismo:

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O projeto fez um levantamento de dados de acordo com a mortalidade por região administrativa durante a pandemia. A pesquisa demonstrou que o risco de morte pela infecção acompanhou as desigualdades sociais e econômicas no DF.

O estudo também apontou que no ano de 2021, com o aumento da taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o país e no DF, todos os grupos de regiões administrativas tiveram os riscos de morte aumentados, principalmente entre 20 e 79 anos.

DF é o local mais afetado no Brasil

No ano passado, um estudo do Departamento de Saúde Global e População da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, já apontava essa queda. No Brasil, a taxa deverá cair, em média, dois anos. Já o Distrito Federal será o local mais afetado, com redução de 3,68 anos na expectativa de vida.

Apesar de o DF ter o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país – indicador que leva em consideração educação, renda e longevidade –, Ana Maria Nogales, professora do Departamento de Estatística da Universidade de Brasília (UnB), destaca que a capital tem também uma das taxas de desigualdade social mais elevadas.

“Esse é um dado relevante porque a população mais envelhecida está no centro da cidade, nas regiões mais favorecidas e com menor impacto da Covid, do que nas comunidades de baixa renda, onde o vírus rapidamente se espalhou e atingiu fortemente a população. Essas localidades são muito mais jovens”, afirma.

“Isso mostra que o impacto da Covid é diferenciado e pode ser mais forte conforme aumenta a desigualdade”, completa a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da UnB.

Outro ponto destacado por ela é a idade da população do DF, mais jovem em comparação a outros estados brasileiros. Quanto mais a Covid-19 impacta a população jovem, consequentemente, maior será a perda de anos na esperança de vida do DF.

A expectativa de vida no Brasil é de 76,6 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 1940, quando o brasileiro vivia, em média, 45,5 anos, o indicador não sofria redução.

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