metropoles.com

Conheça os heróis que salvaram a vida de um bebê no DF dado como morto

Mulher não sabia que estava grávida, deu à luz à criança e achou que ela estava morta. Graças à atuação dos militares, a menina está viva

atualizado

Compartilhar notícia

Guilherme Sadeck
Bombeiros herois2
1 de 1 Bombeiros herois2 - Foto: Guilherme Sadeck

Em 30 anos de profissão, o sargento Ricardo Barreiro viveu uma experiência “indescritível”, nas suas próprias palavras, na noite de sexta-feira (17/2). Chefe da equipe dos bombeiros, ele foi acionado para atender a uma ocorrência em Ceilândia. A notícia era que uma mulher teria abortado.

Isabel Cristina Dias, 38 anos, estava grávida e não sabia. Entre os motivos, o fato de estar um pouco acima do peso e também ter ficado menstruada em novembro. Isabel teve cólicas abdominais e tomou uma medicação para a dor passar. Logo depois, entrou em trabalho de parto, para sua surpresa.

Quando Barreiro chegou à casa de Isabel, na QNO 19, o bebê estava enrolado em um pano, com a placenta e o cordão umbilical. Ao contrário do que foi informado anteriormente, o militar não fez o parto.

A família informou aos militares que a criança estava morta. O bebê não respondia aos estímulos tanto dos familiares quanto dos socorristas. A situação deixou os moradores assustados. A experiência do sargento Barreiro fez a diferença. Ele aspirou as vias aéreas do bebê, clipou o cordão umbilical e o aqueceu. Por fim, fez massagem nas costas da menina.

No momento em que a criança chorou, a emoção tomou conta do ambiente. “Temos que engolir o choro. Atrás dessa farda tem um coração que bate. Sangue pulsando nas veias. Mas a sensação de ontem foi indescritível”, disse o sargento.

Ele disse que a família também se emocionou. “Eles não sabiam da gravidez. Então, quando iniciamos os procedimentos, começaram a desejar aquela criança e a queriam viva”, destacou o militar. Pelos cálculos da mãe, a menina, que nasceu perfeita, tem aproximadamente cinco meses.

“O mínimo que desejamos é que ela (a menina) tenha muita saúde. A nossa sugestão é que receba o nome de Vitória”, disse Hely da Costa, o militar que dirigia a viatura. José Igor, o outro bombeiro que participou da ocorrência, deu apoio psicológico a Isabel.

Mãe e filha estão no Hospital Regional de Ceilândia, mas ainda não puderam receber a visita dos militares heróis que salvaram a vida da pequena.

Homenagem
Ao chegar em casa, no município de Girassol, em Goiás, o sargento Barreiro foi recebido pelos três filhos pequenos. Eles fizeram um cartaz com a frase “meu pai é um herói”.

MOISES M M JACQUES/Divulgação
Sargento Barreiro e três dos seus oito filhos

Thayrane Barreiro, 24 anos, uma das filhas do sargento está grávida e conta que ainda não se acostumou com a possível aposentadoria do pai. O militar já recusou propostas de atuar no setor administrativo da corporação por alegar que ama a função de combatente, de salvar vidas. “Sou muito orgulhosa de ter ele como pai. Sempre foi o meu herói. Somos uma pequena parcela da população com sorte de tê-lo em casa”, disse.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?