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Cavalos, cães e outros bichos mortos são jogados em lixão ilegal no DF

Segundo moradores da região, problema persiste desde 2014 e atinge uma área de aproximadamente 1 hectare entre o Itapoã e Sobradinho

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Lixão clandestino - Metrópoles
1 de 1 Lixão clandestino - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Corpos de cavalos e cachorros são despejados frequentemente em um lixão ilegal a céu aberto, em plena região de cerrado que fica na divisa entre o Núcleo Rural Sobradinho dos Melos ET.1 e o Itapoã.

Confira cenas:

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Segundo moradores, o despejo animais mortos no local é frequente. O cheiro forte dos corpos incomoda a quem mora ou passa pela região. O lixão irregular ocupa praticamente metade de um lote de dois hectares.

Veja o lixão:

Animais vivos também são abandonados na área, inclusive ninhadas de filhotes. A situação também favorece o descontrole populacional dos bichos.

De acordo com moradores, o ambiente caótico atrai urubus, contamina o solo e prolifera doenças. A região também é tomada por chamas regularmente. Por isso, os moradores também temem um incêndio ambiental.

Além dos animais, também são jogados na região restos de alimentos, ossos e carne de açougue, mobílias usadas, entulhos de obras. O descarte irregular seria feito por moradores, comerciantes e empresas.

Lixão persistente

O lixão irregular nasceu m 2014. E mesmo após sucessivas denúncias para o Governo do Distrito Federal (GDF) o problema persiste. Tratores retiram o lixo pontualmente, mas despejo regressa na sequência.

Para a vizinhança, a solução seria a vigilância constante da região. Guaritas com vigilantes poderiam ser instaladas nos arredores do lixão clandestina.

Flagrante descaso

Segundo a advogada e representante do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Ana Paula Vasconcelos, a situação é mais um flagrante do descaso do GDF com os animais e com o meio ambiente.

“Essas cenas comprovam a ausência do Estado dando espaço para o cometimento de vários crimes ambientais. Não é crível estarmos na capital da República convivendo com essa situação. Precisamos que os órgãos atuem na fiscalização e que tenhamos políticas públicas para controle populacional de animais em situação de rua”, afirmou.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com o GDF sobre o caso. Por nota, a Secretaria do DF Legal prometeu fazer uma ação de fiscalização no local. O órgão argumentou que fez uma operação recentemente na região, chegando a aplicar uma multa de R$ 25 mil em mercado do Itapoã, por exemplo.

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) confirmou que o problema é recorrente. Também afirmou que envia equipes para o local toda semana.

Leia a nota completa:

A Secretaria DF Legal informa que já realizou ações fiscais no local citado. A última delas, inclusive, resultou na aplicação de uma multa de R$ 25 mil a um mercado do Itapoã que foi flagrado descartando cerca de 600 litros de lixo irregularmente no local.

Diante da denúncia de que o problema persiste, a pasta enviará novamente uma equipe de auditores para averiguar a situação.

Já o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) informa que o local é ponto contínuo de descarte irregular de resíduos tanto por pessoas quanto por empresas. O SLU envia uma equipe semanalmente á região para recolher os resíduos descartados irregularmente, incluindo o espaço mencionado, que foi limpo recentemente. Mas o problema é recorrente. 

Atualmente, o SLU dispõe de nove papa-lixos instalados em Sobradinho, em pontos estratégicos. Também disponibiliza 14 papa-recicláveis, que são contêineres azuis que recebem resíduos da coleta seletiva (os recicláveis). 

Na região, há ainda dois papa-entulhos: um na Quadra 10, Área Especial 1 e outro na Área Especial para Indústrias 3, Lote 10. Portanto, os moradores têm o local adequado para descarte de restos de obras, móveis velhos e outros volumosos (exceto eletrônicos), restos de poda, material reciclável e óleo de cozinha usado. O papa-entulho recebe, gratuitamente, até 1m³ de resíduo, por cidadão, por dia.

O SLU destaca ainda que os comerciantes considerados grandes geradores, ou seja, que geram 120 litros de resíduos por dia (equivalente a um saco de 100 litros e quatro sacolinhas pequenas de 5 litros) devem ter seus próprios contêineres, além de contratarem empresa para fazer a coleta e a destinação final dos próprios resíduos, conforme a Lei 5.610/2016. 

O Serviço de Limpeza Urbana pede o apoio da população e lembra que denúncias sobre descarte irregular devem ser realizadas pelo telefone 162 ou pelo site  www.ouv.df.gov.br.

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