Captação de água pelo Subsistema Bananal entra em operação
Estrutura tem capacidade para fornecer até 726 litros por segundo e aliviará reservatórios do Descoberto e de Santa Maria
atualizado
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O Distrito Federal ganhou o reforço de até 726 litros por segundo com a captação de água por meio do Subsistema Produtor de Água Bananal. A estrutura fica em uma saída da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), próximo à Granja do Torto, e foi entregue nesta segunda-feira (30/10) pelo governador Rodrigo Rollemberg.
“Esta é a segunda grande obra de captação deste governo. A primeira foi a do Lago Paranoá, no início do mês. A do Bananal, que antes estava prevista para março de 2018, conseguimos entregar hoje”, disse Rollemberg.
O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Cerca de 200 mil pessoas serão beneficiadas com a captação no Ribeirão Bananal e o bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília (ETA Brasília).
A estrutura passou por testes no fim de semana. “No sábado [28] e no domingo [29], operamos com 500 litros por segundo. Toda a água daqui vai para a ETA Brasília, onde se mistura com a do Santa Maria-Torto”, explicou o diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice.
Captação no Paranoá em operação
Em 2 de outubro, foi entregue o Subsistema Produtor do Lago Norte, com captação de água do Lago Paranoá. A Caesb começará a distribuição em 2018, pois os três primeiros meses serão dedicados à chamada operação assistida, em conjunto com a Enfil S.A. Controle Ambiental, empresa que tocou as obras. O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do valor inicial: R$ 49.437.958.
O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões — a diferença volta para a pasta federal. A captação é de 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento hídrico, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias. Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e outro no Paranoá.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal. O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Sistema Corumbá
Fruto de um consórcio entre DF e Goiás, as obras do Sistema Produtor Corumbá estão 71% executadas na capital federal. No estado vizinho, a contagem é feita em etapas: a construção da adutora andou 97%, e a estrutura da captação, 60%.
Cabe à empresa Saneamento de Goiás SA (Saneago) a captação, em Luziânia (GO), e a construção de 12,7 dos 28 quilômetros da adutora de água bruta, que leva os recursos hídricos para a Estação de Tratamento de Valparaíso (GO).
À Caesb fica a responsabilidade de construir os outros 15,3 quilômetros da adutora, assim como a da estação de Valparaíso. O governo do DF ainda constrói 14 quilômetros de adutora de água tratada para distribui-la nas regiões administrativas.