Barracas destruídas e “galinhada com água”: veja estragos da chuva no QG
Um espaço destino à “confissão dos pecados” pelos religiosos do local, também veio ao chão no QG do Exército
atualizado
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As fortes chuvas da manhã desta segunda-feira (26/12) causaram prejuízos no acampamento do bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Dezenas de barras e tendas ficaram completamente destruídas no local.
Um espaço destino à “confissão dos pecados” pelos religiosos do local, também veio ao chão. Em cerimônia religiosa celebrada nesta manhã, os participantes rezaram e cantaram pela paz no acampamento.
O horário do almoço também foi afetado. Os campistas esperaram que a chuva diminuísse para que formassem fila para pegar as marmitas.
Em meio às goteiras um bolsonarista comentou que o prato do dia seria “galinhada com água”.
Comentários sobre atentado no aeroporto
Após a prisão do empresário bolsonarista George Washington Oliveira de Sousa, 54 anos, por atentado terrorista, na noite de sábado (24/12), “patriotas” acampados em frente ao Quartel-General do exército em Brasília reuniram-se para comentar a tentativa de atentado no Aeroporto Interacional de Brasília.
Segundo os campistas, George nunca esteve no acampamento do QG e seria um “falso bolsonarista”.
“É cheio de falso bolsonarista por aí. Não representam a gente. É tudo armação com gente infiltrada. Se esse George esteve aqui foi como infiltrado também”, comentou um bolsonarista durante conversa em uma das tendas do QG.

Barracas ficaram completamente destruídas Milena Carvalho/Metrópoles

Estruturas foram ao chão depois de uma forte chuva na manhã desta segunda (26/12) Milena Carvalho/Metrópoles

Até mesmo a barraca montada para o "confessionário" não resistiu Milena Carvalho/Metrópoles

Outras também caíram Milena Carvalho/Metrópoles

O estrago ocorreu em diversas áreas do QG do Exército Milena Carvalho/Metrópoles

Milena Carvalho/Metrópoles

Milena Carvalho/Metrópoles

Grupo de bolsonaristas sentados no QG Milena Carvalho/Metrópoles
O empresário foi preso com arsenal composto por armas e explosivos, na noite de sábado (24/12), véspera de Natal. Em depoimento, ele afirmou que veio para a capital federal “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois é um “defensor da liberdade”.
O objetivo era “dar início ao caos”, com intenção de supostamente levar a uma “decretação do estado de sítio no país” e “provocar a intervenção das Forças Armadas”.
Enquanto carregavam os telefones na gambiarra de energia, outros grupos do QG comentaram sobre a prisão de George Washington.
“Querem se passar pelo movimento do QG, por isso não podemos sair daqui. E não vamos deixar o acampamento de jeito nenhum. Esse sujeito está sendo investigado pelo ministro da Justiça”, inflamou outro campista.
Questionados por uma mulher se deveriam falar sobre a prisão no microfone, o grupo decidiu que não comentariam sobre o caso. “Não vamos dar palco”, disseram.
Outros suspeitos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura a participação de, ao menos, dois suspeitos em tentativa de atentado perto do Aeroporto de Brasília, no sábado (24/12). Os agentes investigam se o bolsonarista George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, teve ajuda de outras pessoas para armar a bomba na capital federal.
Um dos suspeitos identificados pela PCDF é o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Alan Diego dos Santos Rodrigues (foto em destaque), 32. Durante depoimento à polícia, George citou o nome de Alan como um dos manifestantes acampados no Quartel-General do Exército que teria ajudado no atentado.
O outro seria um suspeito que estaria no QG e foi citado pelo empresário preso no fim de semana. O nome dele ainda está sendo mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações.