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Autoridades apuram ligação entre massacres em escolas de vários estados do país

Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP investiga possível conexão entre a ameaça de ataque a escola no DF e o caso do massacre em SC

atualizado

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Reprodução/ vídeo
Operação shield da PCDF
1 de 1 Operação shield da PCDF - Foto: Reprodução/ vídeo
A operação deflagrada por policiais Civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), em parceria com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (21/5), para desarticular o plano para executar um massacre, em uma escola do Distrito Federal, pode ter ligação com outras tragédias registradas no país. Um dos casos seria o da creche em Santa Catarina, onde três crianças e duas mulheres foram mortas a facadas por um jovem de 18 anos.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), delegado Alessandro Barreto. A exemplo do ataque neutralizado, que ocorreria em escola pública do DF, no Recanto das Emas, outras investidas foram frustradas pelo trabalho feito em conjunto com o Homeland Security Investigations (HSI).
De acordo com o delegado, as equipes navegam pelo ciberespaço procurando por mensagens e troca de informações que remetam ao planejamento de ataques – como o que foi evitado, no início de maio, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Na ocasião, um menor, suspeito de planejar um ataque a uma escola pública, foi detido.
“É um esforço importante para antecipar e neutralizar ações que podem provocar grandes tragédias. Agora, apuramos se há ligação entre alguns desses casos, como esse do Rio, o do DF e o massacre que ocorreu em uma creche, em Santa Catarina”, disse Barreto.
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Mulheres
O coordenador do laboratório revelou que alguns casos recentes chamam a atenção pelo fato de terem mulheres no planejamento dos ataques. “Tanto neste caso que a Polícia Civil do DF apura, quanto uma outra situação, no Rio Grande do Sul, havia mulheres na organização dos ataques. Esse também é um ponto que estamos investigando, em parceria com as polícias dos estados”, explicou.
O Metrópoles apurou que, apesar do envolvimento da polícia norte-americana na investigação, o ataque no DF não ocorreria em colégios internacionais, como a Escola das Nações e a Escola Americana, mas em uma instituição pública da capital federal. O massacre aconteceria quando as aulas presenciais fossem retomadas, uma vez que, devido à pandemia do novo coronavírus, os alunos estão realizando as atividades escolares por meio virtual.

A investigação obteve informações sobre indivíduos que teriam a intenção de cometer diversos crimes violentos. Segundo a PCDF, a tragédia causaria dezenas de vítimas na capital federal. O nome da escola que sofreria o ataque não foi divulgado pelos investigadores.

Nesta sexta-feira (21/5), os policiais estão na rua e cumprem mandados de busca e apreensão a fim de encontrar mais suspeitos de terem planejado o ataque. O homem detido confessou a pretensão de realizar os crimes, mas, como não houve flagrante, foi liberado em seguida.

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