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Atletas brasilienses vencem campeonato de ginástica acrobática nos EUA

Elas ganharam troféu de melhor time na categoria 6, que envolve ginastas de até 15 anos, além de 10 medalhas de ouro e cinco de prata

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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1 de 1 fcpzzb_abr_230820193604 - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em Las Vegas (EUA), um grupo de atletas de ginástica acrobática do Distrito Federal ganhou troféu de melhor time na categoria 6, que envolve ginastas de até 15 anos. As brasilienses também conquistaram 10 medalhas de ouro e cinco, de prata.

A vitória é da equipe Akros/Setul, resultado de um trabalho social com crianças e adolescentes. Mais de 50 atletas participam do projeto. Na 3rd Vegas Acro Cup, cinco trios e três duplas femininas, compostas por ginastas com idades entre 8 e 17 anos, competiram.

Com a classificação, o Brasil entrou para a elite da ginástica acrobática internacional, superando times considerados os melhores do mundo, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e Inglaterra.

Dedicação
A técnica Márcia Janete Colognese atribui o desempenho em Las Vegas ao planejamento e à disciplina. “Foram quatro meses de dedicação plena e muita perseverança. A equipe sacrificou as férias escolares e até as festas de fim de ano para se preparar”, disse, informando que os treinos são diários, seis vezes por semana, das 14h às 19h.

A primeira conquista internacional da Akros/Setul foi em 2012, quando a equipe obteve 37 medalhas de ouro, 14 de prata e 15 de bronze. “A primeira dupla brasileira a pisar num tablado internacional em um mundial foi brasiliense. Isso é motivo de muito orgulho para o Distrito Federal”, disse a técnica.

Olimpíadas
A modalidade acrobática não está incluída entre os esportes olímpicos mas, segundo Márcia, já reúne os critérios necessários e, possivelmente, em 2020 entrará com o status demonstrativo.

“O país está formando uma geração de excelentes atletas que, se persistirem, poderão participar, de igual para igual, do próximo campeonato mundial e até das Olimpíadas de Tóquio”, disse.

Atletas da Akros/Setul também já foram escalados para outras duas edições do campeonato. Em 2014, em Levalois (França), foram 28 ginastas. Em 2016, na cidade de Putian (China), a Seleção Brasileira foi composta exclusivamente por ginastas brasilienses, somando 14 atletas.

Trabalho social
As atividades do grupo vão além do esporte. Com vínculos com a Secretária de Esporte, Turismo e Lazer do DF (Setul), a equipe desenvolve atividades sociais inclusivas que incentivam crianças e adolescentes de regiões pobres do Distrito Federal.

A maioria das crianças vem de escolas públicas de comunidades carentes. A ginástica acrobática acaba se transformando em um sonho possível. Essas crianças encaram o esporte com muita garra, com muita energia, e o resultado é muito positivo

Márcia Janete Colognese, técnica da equipe brasiliense

A atleta Emmilly Teles é um exemplo. Filha da empregada de serviços gerais Edmilta dos Santos Silva e moradora da Estrutural,  Emmilly iniciou sua carreira de ginasta acrobata aos 12 anos. Depois de uma lesão no joelho, ela passou a ser auxiliar técnica da Akros.

“A ginástica sempre foi um sonho distante. Embora eu gostasse, nunca imaginei que conseguiria praticar. Foi a minha mãe que ficou sabendo do projeto na Estrutural e me matriculou. Este projeto me conduziu por um bom caminho, me livrou de muita coisa ruim que a gente sabe que existe. Hoje, a ginástica é tudo para mim”, relatou Emmilly Santos.

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