Arquivo Público do DF completa 31 anos com programação especial
Espaço possui milhões de documentos de texto, imagens, mapas, áudios e vídeos que ajudam a contar a história da capital
atualizado
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Na próxima segunda-feira (14/3), o Arquivo Público completa 31 anos como guardião da história do Distrito Federal. Com milhões de arquivos em formatos de texto, iconográfico e audiovisual, o local cuida da memória da criação da capital federal desde antes da sua concepção. Quem quiser visitar o espaço não vai se arrepender e uma programação especial foi agendada para celebrar a data.
O documento mais antigo guardado no local são as cadernetas do engenheiro Hastimphilo de Moura, um dos integrantes da Missão Cruls, grupo formado pelo presidente Floriano Peixoto em 1892, e responsável por delimitar o espaço onde hoje é o Distrito Federal. Nas anotações está registrado o primeiro desenho feito do quadrilátero do DF.Segundo a superintendente do Arquivo Público do DF, Marta Vale (foto), “o acervo serve para nos ajudar a perceber por onde já passamos, além de preservar e divulgar nossa história. Um país sem memória não existe”..
Entre as outros itens notáveis no acervo do Arquivo Público estão a partitura do samba “Exaltação a Brasília” (1956), de Dilermando Reis, primeira música feita na capital; o original do Relatório Belcher, que traz uma análise do território onde foi construído Brasília; além de fotografias oficiais feitas pelo fotógrafo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), durante a construção da cidade.
No entanto, mesmo fazendo um resgate incrível da história, poucas pessoas visitam o arquivo: a média de visitantes por mês fica entre 25 e 30 pessoas. “Estamos esquecendo de consultar a nossa memória para aprender com erros passados. Foi assim também que ocorreu na época do golpe militar, em 1964”, afirma Marta.
Exposição e programa de rádio
A programação de aniversário é uma excelente oportunidade para conhecer o espaço. Na próxima segunda estão agendados o lançamento de uma edição atualizada do Guia de Fundos, documento com informações do acervo do local; a exposição: “Brasília, Cidade que inventei”, sobre o trabalho do arquiteto e urbanista Lúcio Costa; e o lançamento do programa de rádio “Minuto da memória candanga”, que será veiculado uma vez por semana na Rádio Cultura, em dois horários diferentes, uma às 12h e outra às 20h.
O Arquivo Público do DF está aberto ao público para pesquisas e pode ser visitado de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Ele está localizado no Setor de Garagens Oficiais (SGO), quadra 5, Lote 23, bloco B (no antigo TSE). Mais informações: 3361-7739