metropoles.com

Antes de prisão, promessa do futebol do DF foi expulso de time nos EUA

Após ganhar bolsa de estudos, Ivanildo Jesus das Neves passou cerca de 3 meses nos EUA. Aluno foi expulso da escola e teve de voltar ao país

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Ivanildo, filho de catadores no DF que vai jogar bola nos EUA
1 de 1 Ivanildo, filho de catadores no DF que vai jogar bola nos EUA - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Antes cotado como uma das promessas do futebol candango, Ivanildo Jesus das Neves, de 18 anos, acabou preso na tarde de segunda-feira (31/1) por uma série de roubos no Distrito Federal. Em fevereiro de 2019, o jovem embarcou para o Estados Unidos como ganhador de uma bolsa de estudos integral do clube de futebol Orlando City. Ele estudaria e participaria de treinos, mas retornou após três meses de permanência no país.

Segundo uma das treinadoras do atleta na época, Stéfane Ferrão, 33 anos, Ivanildo faltou às aulas, bem como aos treinos. Também foi pego em um exame toxicológico após fumar maconha e foi encontrado com dinheiro de outro colega. Estes foram os motivos que resultaram na expulsão do jovem do programa do time americano.

0

“Era uma história que tinha tudo para dar certo. Jogou o bilhete da loteria fora. As más influências fizeram com que ele fosse para o mau caminho”, lamenta Stéfane.

A coach esportiva conta que antes da ida ao exterior, Ivanildo era rosto frequente em sua residência. “Ele foi bem recebido no Orlando City. Ganhou uma mala cheia de roupas do patrocinador do clube, tinha um quarto próprio dentro da escola para moradia. Também recebeu um cartão de crédito para gastos com higiene pessoal, como desodorantes, e também ganhou um notebook e um celular da Apple. Ivanildo também teve o custo com transporte pago pelo clube”, conta.

O que diz o Orlando City

Procurado pela reportagem, o Orlando City confirmou a expulsão de Ivanildo do programa, mas não revelou os motivos, pois o atleta ainda era menor de 18 anos. “Ele faria um ano de escola, aprenderia inglês. Seria um intercâmbio. Treinaria com a gente e, depois de um ano, voltaria para o Brasil”, conta Diogo Kotscho, 44 anos, vice-presidente de comunicação do clube.

Segundo o representante do Orlando City, atos “completamente fora da proposta do programa” resultaram no retorno do jovem. “A gente não teve outra opção senão mandá-lo de volta ao Brasil com segurança. Não poderíamos mantê-lo aqui por questões imigratórias e de segurança”, aponta.

Compartilhar notícia