Anestesista e acompanhante discutem sobre alta de paciente: “Vergonha”
Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram a confusão, na última sexta-feira, na sala de recuperação do centro cirúrgico do Hospital de Base
atualizado
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Um vídeo obtido pelo Metrópoles e gravado por testemunhas, na noite da última sexta-feira (22/7), mostra a discussão entre um médico anestesista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com o acompanhante de uma paciente na sala de recuperação do centro cirúrgico da unidade de saúde.
Segundo informações de pessoas que estavam no local no momento da confusão, o médico foi acionado pela equipe de enfermagem da sala de recuperação para dar alta à paciente e teria se recusado a ir até lá.
Após algum tempo, quando o profissional resolveu assinar a alta médica, ele teria passado a gritar com a equipe de enfermagem e tratado mal o acompanhante da pessoa hospitalizada, de acordo com uma testemunha que preferiu não se identificar. Logo em seguida, ainda segundo ela, os dois começaram a bater boca, e o paciente entre eles deitado na maca.
Assista:
Nas imagens, é possível ouvir o acompanhante dizendo: “Você está passando vergonha no hospital. Trate a minha mãe bem. Minha mãe não é cachorro, não. Você é um babaca”.
O médico retruca: “Você que está passando vergonha. Eu estou tratando ela bem. Você está me desrespeitando. Me agrediu e me xingou. Chama a polícia, que ele me xingou. É desacato isso. Você me desacatou. Está preso”.
Toda a situação deixou as outras pessoas assustadas e incomodadas. Durante a gravação, é possível ver que outro profissional tenta acalmar a discussão entre os dois.
As testemunhas que filmaram a confusão disseram que o anestesista ainda teria ameaçado a equipe de enfermagem, afirmando “que a situação não ficaria assim”, e que os profissionais deviam obediência a ele. Relataram também que não seria a primeira vez que o médico se desentendia com a equipe e os pacientes.
O outro lado
Acionado pela reportagem, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou que “prima pelo bom relacionamento entre todas as categorias profissionais e destas com os usuários de suas unidades, conforme consta na publicação interna Código de Ética e Conduta, disponível para acesso e leitura de todos os colaboradores.”
Além disso, o instituto ressaltou que “o vídeo divulgado não reflete todo o contexto em que se desenvolveu a discussão e, inclusive, mostra a reatividade do profissional em exercício de função. (Por isso,) são necessárias medidas adicionais para apurar a ocorrência.”