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Acidentes com animais peçonhentos no DF aumentam 34% em 2023

Os dados são do primeiro semestre deste ano e foram comparados com o mesmo período de 2022

atualizado

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1 de 1 imagem colorida com escorpião preso em uma pinça, segurado por uma pessoa - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Distrito Federal teve 34% mais notificações de acidentes com animais peçonhentos neste primeiro semestre de 2023 do que no mesmo período em 2022. Foram 1.904 acidentes, contra 1.176 do ano anterior. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Acidentes por Animais Peçonhentos no DF, elaborado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Secretaria de Saúde (SES-DF).

A média de notificações em 2023 foi de 73 por semana epidemiológica, enquanto 2022 registrou 45. Dos 1.904 acidentes notificados, 1.790 foram em residentes do DF. Destes, 78,1% representaram ocorrências envolvendo escorpiões. “Os acidentes causados por esses animais são os que mais chamam a atenção, representando a grande maioria. O que preocupa é a tendência de crescimento identificada”, explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), Israel Moreira.

Não houve óbitos de residentes do DF, apesar do aumento do número dos acidentes em 2023. Contudo, a morte de um adulto causada por serpente no estado de Goiás foi notificada. Na ocasião, o paciente apresentou complicações sistêmicas, mesmo com o uso de soroterapia.

As ocorrências com escorpiões aumentam com o retorno das chuvas, segundo especialistas. O clima também é propício para lagartas lonomia – que queimam e podem provocar hemorragias – aparecerem nos pés de manga e de outras árvores frutíferas.

Como se prevenir?

Para eliminar as condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos, a atenção é essencial. Moreira sugere manter os quintais livres de vegetação alta, entulhos, restos de materiais de construção e acondicionar o lixo corretamente. Além disso, é recomendável usar telas em ralos e janelas e vedar frestas e vãos.

Caso um acidente aconteça, deve-se lavar o local da picada com bastante água e sabão, mantendo elevado o membro afetado e procurar atendimento médico imediatamente. É importante informar ao profissional o máximo possível de características do animal e, se possível e seguro, capturar e levá-lo junto para identificação.

Acessórios que possam piorar o estado do quadro, como anéis, fitas e calçados apertados, devem ser removidos imediatamente. Em nenhuma hipótese, afirma o biólogo, deve-se fazer torniquete, garrote, ou furar, cortar ou ainda aplicar qualquer substância no local da picada.

No caso de acidentes com cobras, escorpiões ou aranhas, existem soros antivenenos disponíveis na rede pública de saúde. Confira aqui a lista das unidades que disponibilizam os soros.

Para eliminar as condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos, a atenção é essencial

Em Brasília, a SES-DF disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), por meio dos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. As equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados.

Se houver surgimento de animais peçonhentos, a recomendação é acionar: a Dival (160), em caso de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias; o Corpo de Bombeiros (193), em caso de abelhas; e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (190), em casos de serpentes.

Se um escorpião for encontrado na residência, é necessário comunicar à Vigilância Ambiental por meio do número 160 ou ainda pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Uma equipe será enviada para capturar o animal.

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