Ainda temos um longo caminho para aceitar a diversidade de biotipos

O site Refinery 29 recentemente fez uma pesquisa com mil mulheres para ouvir como elas se sentem em relação ao próprio corpo e ao de outras mulheres. Infelizmente, as surpresas positivas foram poucas.

Dentre as negativas, sabe qual me chamou mais atenção? 73% das entrevistadas disseram que a atividade que mais causa estresse em relação ao corpo é ir à praia/piscina. Conseguem ver o erro?

Uma ação que deveria estar exclusivamente ligada ao lazer ou à prática de esportes causa desconforto em quase três quartos das pessoas ouvidas na pesquisa. Um tanto angustiante pensar em como as cobranças e autocríticas nos limitam e atrapalham os momentos de prazer.

Espia só o que mais a gente deixa de lado por neuras em relação à aparência: 38% fazem menos sexo. Sim, migas, até isso. O medo do julgamento e a insegurança de não “entregar” o que se espera da gente chegou às nossas camas.

Essa percepção negativa do próprio corpo é massivamente impactada pelas mídias sociais (70%). O papel que antes cabia às revistas, de nos mostrar corpos impossíveis como objetivo de vida, agora fica com as “musas fitness”.

O que mais nos impacta, depois da internet, são a família (50%) e as conversas com amigas e amigos (49%). Portanto, manas, muito cuidado com aquele comentário despretensioso sobre o peso/ o cabelo/ a pele/ etc. da coleguinha. Pode ter uma força maior do que você imagina.

Mas ó, vou falar que a pesquisa também trouxe surpresas boas. Dentre elas, saber que 49% das consultadas disseram amar o próprio corpo. Sim, AMAR. Menos da metade, mas um número impensável anos atrás, quando a cultura da diversidade ainda não tinha entrado na grande mídia. Vamos evoluindo, né?