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Como construir espaços para lideranças femininas em cargos de decisão

Em parceria com o Confea, o Metrópoles apresenta videocast especial com importantes nomes sobre o futuro da construção civil no Brasil

Larissa Azevedo/Metrópoles
Fotografia colorida mostrando uma jornalista entrevistando uma mulher negra em estúdio-Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostrando uma jornalista entrevistando uma mulher negra em estúdio-Metrópoles - Foto: Larissa Azevedo/Metrópoles

atualizado

Uma análise do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) revela que as mulheres representam apenas 20% do quadro de engenheiros no Brasil, com cerca de 200 mil profissionais do sexo feminino entre 1 milhão e 100 mil atuantes.

Diante desse cenário, o conselho reuniu em Brasília (DF) vários representantes do setor no 14º Encontro de Líderes, para debater esse e outros temas que impactam no futuro do segmento.

Entendendo a importância do assunto, o Metrópoles, em parceria com o Confea, fez uma série de entrevistas sobre importantes temas como “Infraestrutura e o papel dos profissionais técnicos na construção do Brasil”; “Os desafios da realização da COP-30 no Pará”; e “O futuro da formação brasileira na área tecnológica”.

Até quarta-feira (5/2), seis episódios – apresentados pelas jornalistas Natália André e Brenna Farias – serão publicados aqui e nas redes sociais do Portal trazendo especialistas que compartilharão insights valiosos sobre a construção de um Brasil sustentável; transformando, assim, a vida da comunidade como um todo.

Como construir espaços para lideranças femininas em cargos de decisão

Este episódio do videocast aborda liderança feminina e a luta delas por espaços de decisão no mercado de trabalho.

Para debater o assunto, Fayda Belo, advogada criminalista especializada em direitos anti-discriminatórios, crimes de gênero e feminicídios, traz uma análise sobre a realidade das mulheres nas empresas e como podemos avançar na construção de um ambiente mais justo e equitativo.

Com uma grande bagagem e um trabalho contínuo de conscientização, Fayda compartilha reflexões que tocam a estrutura das organizações e a própria cultura corporativa.

Fayda observa que as mulheres são maioria no ensino superior, no técnico e nas pós-graduações, e passam a maior parte da vida estudando. No entanto, o topo da cadeia de liderança continua a ser um espaço predominantemente masculino.

Mas, se estão tão bem preparadas, por que ainda encontram dificuldades para ocupar cargos de liderança? A resposta, segundo Fayda, reside na herança histórica do Brasil, em que a mulher foi direcionada ao espaço doméstico, deixando esses cargos em mãos masculinas.

Quando as mulheres começaram a trabalhar fora de casa, elas foram limitadas a profissões voltadas para cuidados e humanidades. As áreas técnicas, como as exatas, foram vistas como dominadas pelos homens, como se a competência técnica fosse algo exclusivamente masculino. “Isso, ainda hoje, paira de uma forma silenciosa no imaginário de muitas empresas”, explica.

Para que as mulheres realmente ocupem espaços de poder e decisão, Fayda defende uma mudança estrutural e uma mudança de mentalidade tanto de homens quanto de mulheres.

“Não falamos sobre uma guerra entre sexos, mas em uma união entre os sexos para construir um Brasil mais justo onde homens e mulheres possam ocupar a mesa”, afirma.

A advogada destaca que não é suficiente esperar que as mulheres, ao alcançarem esses espaços, abram as portas para outras. O processo deve ser coletivo, com homens e mulheres trabalhando juntos para garantir a equidade.

Quer saber mais sobre esse importante bate-papo, então veja o episódio completo:

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