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Sem sonhos, sem expectativas, sem autoestima e com medo da morte. Era assim que o comerciante Marcello Mansur, de 33 anos, se sentia até outubro do ano passado quando chegou aos 232kg. Desde os 18 anos ele se via acima do peso, mas a pandemia piorou bastante a situação dele, que precisou fechar as portas do negócio e foi gravemente afetado pela ansiedade, pelo sedentarismo e pela escassez de recursos para sobreviver à crise.
Antes de buscar ajuda, Mansur, assim como boa parte da população brasileira, encarava a obesidade como um problema de aparência. Mas, desde 2013, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já reconheceu o problema como uma doença que traz uma série de complicações, como doenças crônicas não transmissíveis, respondendo por cerca de 72% dos óbitos registrados no Brasil.
Para além das questões psicológicas, Mansur enfrentava complicações físicas decorrentes de uma obesidade mórbida: já não conseguia dormir nem andar direito, desenvolveu outras doenças como úlcera nas pernas, unha encravada crônica, além de exames com taxas bem alteradas. Qualquer movimento básico do dia a dia passou a ser extremamente desconfortável, locomover-se passou a ser difícil. Também não conseguia se sentir minimamente bem, já que as roupas não lhe cabiam mais. No armário, apenas quatro camisetas e três bermudas eram as opções de vestimenta.
“Eu tinha pesadelos que envolviam cenários sobre a minha morte, como cenas com caixões ou minha mãe chorando. Eu não entendia a obesidade como uma doença, mas eu tinha vergonha do meu peso, não queria sair de casa. Por fim, só aprendi pela dor, deixei chegar no meu limite para procurar ajuda.”
Marcello Mansur, comerciante
Da cidade de Alcobaça, no Sul da Bahia, onde Marcello mantinha um pequeno restaurante na praia, o comerciante partiu, em outubro de 2021, para o Hospital da Obesidade, em Salvador (BA), o único do Brasil a tratar a doença de maneira multidisciplinar e com o método de internação. Amigos, familiares e até mesmo a justiça ajudaram Marcello com toda a parte burocrática e financeira para o tratamento de 410 dias, que envolvia mais de 70 profissionais dedicados ao caso.
Hoje, com mais de 100kg a menos, Marcello se sente vivo, com planos de estudar, trabalhar em um novo negócio, mudar de cidade, ter filhos e dividir o lar com a namorada, que conheceu durante o tratamento.
Uma pessoa obesa vive, em média, oito anos a menos que uma saudável, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas, antes de iniciar o tratamento, Mansur ainda não tinha o entendimento de que a expectativa de vida poderia melhorar muito eliminando o peso que precisava para ser considerado saudável. “Ou eu me cuidava ou eu morria. É um hospital que salva vidas, nunca emagreci tanto e de forma tão saudável. Hoje eu escolho minhas roupas e não são as roupas que me escolhem. Ganhei mais uns 30 anos de vida pelo menos”, afirma.
Método de internação
Embora seja uma doença grave, a obesidade pode ser tratada. Algumas das ferramentas importantes no processo são uma alimentação balanceada, atividade física direcionada e acompanhamento psicológico.
O Hospital da Obesidade é o único do Brasil que conta com uma equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e educadores físicos. Cada paciente é tratado de forma individual, o que permite a superação da obesidade com saúde, com mudanças sustentáveis e sem a necessidade de outros métodos considerados mais agressivos, como a cirurgia bariátrica.
Um dos diferenciais é o método de internação. Segundo o médico do hospital, dr. Caiaque Petronilo, o modelo é considerado eficaz no diagnóstico e no tratamento das causas e efeitos da obesidade de forma individualizada, completa e com resultados sustentáveis.
“Como qualquer outra doença, a obesidade necessita de diagnóstico, acompanhamento médico e tratamento, já que pode ser a causa de uma série de complicações inflamatórias, limitações físicas, isolamento social e problemas psicológicos associados à ansiedade, estresse, falta de autoestima, entre outras questões. É necessário, inclusive, acompanhamento mesmo após atingir o sucesso em relação a perda de peso para que o paciente mantenha-se não obeso, algo que também é parte do método aplicado no hospital”, afirma.
Muito mais do que tratar o efeito da doença, é preciso tratar a causa por meio de cuidados individualizados. Por isso, segundo o médico, a adesão ao tratamento é claramente mais difícil numa abordagem apenas ambulatorial, pois tem pouca eficácia em impedir a interferência dos fatores que causaram ou que mantêm a obesidade.
O paciente que está em regime de internamento no Hospital da Obesidade consegue ser assistido por uma equipe de profissionais devidamente treinados para dar o suporte emocional, psíquico e físico necessários. Dessa forma, vão surgindo outras evoluções, para além das físicas, como melhora na autoestima, independência, melhora nas relações interpessoais, bem-estar, mais qualidade de sono e mobilidade
Dr. Caiaque Petronilo, médico do Hospital da Obesidade
O Hospital da Obesidade faz avaliação médica com bioimpedância gratuita para pessoas com obesidade. Clique aqui para se inscrever.
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